São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 1994 |
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PFL se julga alijado de campanha
TALES FARIA ; GABRIELA WOLTHERS
Reunida ontem na casa do candidato a vice, senador Marco Maciel (PFL), a cúpula pefelista concluiu que setores do PSDB pretendem afastar o partido do centro das decisões da campanha. Os principais focos de atrito no PSDB seriam o presidente do partido, Pimenta da Veiga, e o secretário-geral, Sérgio Motta. Mas os pefelistas concluíram que devem fugir de qualquer confronto, pelo menos até o final do primeiro turno das eleições. Na avaliação da cúpula pefelista, o partido deverá fazer a maior bancada no Congresso, o que lhe dará poder de fogo numa futura disputa com os tucanos. A disputa inclui a composição do ministério. O PFL já tem dois 'ministeriáveis': o líder do partido na Câmara, Luís Eduardo Magalhães (Casa Civil) e Reinhold Stephanes (Previdência). Mas o partido também vai querer o comando da pasta de maior influência no Nordeste –a da Integração Regional. Participaram da reunião na casa de Maciel, além dele próprio, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen, Luís Eduardo Magalhães, e o ex-candidato do partido a vice, Guilherme Palmeira. Uma das atitudes dos tucanos consideradas "hostis" pelo PFL foi a de não permitir a presença de Maciel no horário eleitoral na TV. "Decisão é decisão. Eu não vou bater boca e fazer gol contra agora que estamos ganhando a eleição", disse Luís Eduardo. Segundo o ministro pefelista da Indústria e Comércio, Élcio Álvares, "o problema do PFL é ter tranquilidade agora, para evitar a fama de partido fisiológico". "Mas depois vamos nos impor pela expressão da nossa bancada." Texto Anterior: Política trocou conspiração por marketing Próximo Texto: Todos ao real Índice |
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