São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 1994
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Importados podem sair caros

DA REPORTAGEM LOCAL

Os livros brasileiros não só estão mais baratos que antes, mas também estão mais baratos que os importados –com os quais mantinha uma concorrência acirrada até junho. E até, muitas vezes, seus preços estão ombro a ombro com os praticados no Primeiro Mundo.
Um exemplo. A edição brasileira de "Lolita", de Nabokov (Companhia das Letras), custa R$ 18. A edição americana, também em capa mole, da Vintage, custa US$ 19. Se você comprar esta edição numa importadora em São Paulo, não vai pagar menos que US$ 30.
Por sua vez, "Mr. Vertigo", de Paul Auster (Best Seller), custa em edição nacional R$ 14,10. Se você comprar a importada na Livraria Cultura, pagará cerca de R$ 38 –mais de 250% de acréscimo.
Seguem a regra os "Poemas" de Michelangelo, que a Imago está lançando. Custam na Bienal R$ 9, ao passo que a edição italiana custa 11 mil liras, cerca de US$ 8. Mas numa importadora, como a Livraria Italiana, o desembolso será de R$ 14,85.
Para os franceses, vale o mesmo. Pela edição original da biografia de Marguerite Duras, escrita por Frédérique Lebelley, você pagaria 128 francos na França, cerca de US$ 23. Na Livraria Francesa, a importação lhe ampliaria o gasto para R$ 43,69. A edição brasileira, da Scritta, sai por R$ 29.
Em alguns casos, compensa comprar a edição original –se você ou um amigo estiver viajando– quando ela custar o mesmo que a brasileira e for de capa dura, o que é comum.

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