São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 1994
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Professor imaginou reação antes

PAULO SILVA PINTO
DA REPORTAGEM LOCAL

A reação a um assalto, que levou o professor Celso Melo à morte anteontem, já tinha sido imaginada por ele dias antes.
"Celso disse que se um ladrão tentasse entrar em sua casa, iria enfrentá-lo. Não deixaria chegar perto de sua mulher e das filhas", diz o vice-presidente do Instituto Mackenzie, Otoniel Garcia, 54.
Melo dava aulas de biologia havia 20 anos no 2º grau do Mackenzie, onde as atividades foram suspensas ontem. Era também professor da Universidade Mackenzie.
A conversa sobre o perigo de assaltos aconteceu na quinta-feira, dia 11. Os dois estavam no velório da mãe de uma funcionária da escola, no cemitério Gethsêmani, no Morumbi (zona sul de São Paulo), bairro onde Melo morava.
"Ele comentava que o bairro é bom, mas com problemas de segurança pela proximidade de favelas", diz Garcia.
A casa onde morava, construída pelo professor, foi invadida por ladrões três vezes em menos de cinco anos –em nenhuma delas a família estava.

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