São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 1994 |
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SP inaugura cadastro de doadores de medula óssea
AURELIANO BIANCARELLI
O banco estará interligado aos vários centros de transplantes de medula no Brasil e no exterior. Significa que o número daqueles que morrem a espera de uma medula compatível –mais de 50 em todo o país a cada ano– poderá cair pela metade. As pessoas que quiserem ser doadoras terão cadastradas todas as suas características genéticas. Quando um doente precisar de uma medula, os médicos vão poder acionar o banco atrás do doador ideal (leia texto ao lado). Outra boa notícia é um convênio com o Ministério da Saúde que ampliará de 9 para 18 o número de leitos para transplantes do Hospital das Clínicas. Só no HC, 153 doentes –já com doadores definidos– estão aguardando um leito. Pelo menos 10% deles devem morrer antes de conseguir. O convênio é de R$ 3,5 milhões e financiará também kits de testes para os doadores. A Pró-Sangue e o HC também comemoram amanhã o 250º transplante de medula óssea. "Estamos entre os 16 centros do mundo que fazem mais de 50 transplantes de medula por ano", diz Dalton Chamone, 50, coordenador do programa de transplante da Fundação Pró-Sangue. No país todo, foram feitos cerca de mil transplantes nos últimos dez anos. O HC fez o primeiro em 88. Katia Cristina de Matos, 16, foi a primeira transplantada. Teve problemas de rejeição dois meses depois e recebeu nova medula. "Hoje ela está muito bem", diz Frederico Dulley, 41, supervisor dos transplantes. A fundação iniciou um banco com dados de doadores em 92 e tem hoje cerca de 1.500 cadastrados. São na maioria parentes que fizeram os testes para uma possível doação. "Com o cadastro nacional, queremos ampliar o banco para 10 mil e, no futuro, para 100 mil", diz Chamone. Para isso, a fundação pretende fazer uma ampla campanha de esclarecimento, como já faz na coleta de sangue.(AB) Texto Anterior: Professor imaginou reação antes Próximo Texto: COMO É O TRANSPLANTE Índice |
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