São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 1994 |
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"Estou convicto do diagnóstico" O diretor do Instituto de Medicina Fetal de São Paulo, Thomaz Gollop, afirmou ontem que, a pedido de Marcelo Milani, enviou "extenso, técnico e detalhado relato" sobre os motivos que o levaram a dar parecer favorável à realização de aborto em Sandra Siqueira Souza. "O parecer foi extremamente técnico. Foi colocado que o caso era grave, irreversível e sem possibilidades de tratamento", afirmou Gollop, 46. Gollop afirmou que, assim que for solicitado pela Justiça, vai orientar sua defesa jurídica, que deve se basear em laudos técnicos. O médico confirmou que a chance de sobrevida do feto seria de dias, horas ou semanas. "Estou absolutamente convicto e seguro do diagnóstico", declarou. Segundo ele, o aborto foi realizado em Santo André (Grande SP). Ele se recusou a revelar em qual hospital ocorreu o aborto. "Juntamente com o parecer, havia um atestado do casal confirmando estar a par do problema do feto", disse o médico. Sandra Souza afirmou à Folha que a decisão sobre o aborto foi tomada junto com seu marido e não por Gollop, que não foi o único a diagnosticar o problema. Outros dois médicos também deram parecer técnico favorável ao aborto. Nenhum deles será alvo do inquérito, segundo Milani. Texto Anterior: 62% dos paulistanos querem mudar a lei Próximo Texto: Entidade analisa as águas do rio Tietê Índice |
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