São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 1994 |
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Chacal era 'arma de aluguel'
SÉRGIO MALBERGIER
David Yallop - Não. Acho que ele estava ativo no ramo de narcóticos e armas. Ele não era mais um terrorista no sentido ideológico do termo. Ele vendeu sua ideologia em 1975 e desde então se tornou uma arma de aluguel. Folha - O sr. acha que ele teve alguma ligação com os atentados recentes contra alvos judaicos e israelenses em Buenos Aires e Londres? Yallop - Não, de forma alguma. Estas foram operações do Hizbollah (grupo fundamentalista libanês sustentado pelo Irã), do começo ao fim. Carlos, no máximo, pode ter fornecido algum conselho logístico, mas não teve nenhuma participação direta nos atentados. Eu passei dez anos tentando separar o mito da realidade em torno de Carlos e acho que não há necessidade de se inventar mais crimes para esse homem. Folha - O sr. acha que pode haver represálias pela prisão? Yallop - Com certeza. Há pessoas no Irã que estão em débito com este homem, que fez muitos trabalhos para o Irã. Eu não passaria perto de uma agência da Air France ou embaixada francesa por um tempo na Europa e no Oriente Médio. Ele é muito amigo do Hizbollah.(SM) Texto Anterior: Prisão marca fim de era do terror Próximo Texto: Fabricante da Stolichnaya fale Índice |
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