São Paulo, domingo, 21 de agosto de 1994
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Quanto custa financiar imóvel no SFH

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

Erramos: 23/08/94

O cálculo da prestação básica resulta em R$ 789,31, e não R$ 782,58. Quanto custa financiar imóvel no SFH
A queda da inflação e as pressões para renegociação do aluguel estimularam a procura por financiamentos à casa própria.
Não há financiamento sobrando, mas é possível consegui-lo em alguns bancos, mesmo para imóvel usado. É o caso do Citibank, BFB, Real, BCN, Bradesco e Itaú.
O primeiro passo é tentar o empréstimo no banco onde você tem conta. Muitos dão preferência a clientes. Se não der em nada, procure outro banco ou informe-se com o corretor do imóvel à venda.
Tente sempre o empréstimo pela faixa tabelada do SFH (Sistema Financeiro da Habitação). Os juros são limitados a 12% ao ano. Na carteira hipotecária financia-se valor mais elevado, mas os juros estão em torno de 20% ao ano.
O grande empecilho à contratação é a renda do mutuário. Num financiamento de R$ 56.400, teto no SFH, o banco pode exigir do mutuário renda mensal superior a R$ 4.000, bem restrita entre assalariados.
Calculada para um financiamento destes no prazo de 10 anos (120 meses), com juros de 0,9489% ao mês, a prestação básica seria de R$ 782,58.
A este valor inicial são incorporados prêmios de seguro (do mutuário e do imóvel), o que pode elevá-lo a cerca de R$ 890.
Se o banco exigir que a prestação corresponda a 20% da renda, esta seria de R$ 4.455. Com comprometimento de 25%, de R$ 3.564, ainda relativamente alta.
Os bancos calculam de 20% a 25% porque o financiamento usual hoje em dia é pelo PCR (Plano de Comprometimento da Renda), criado pela lei 8.692/93.
O mutuário pode pedir o rebaixamento da prestação, corrigida pela TR, sempre que ela supera 30% da renda.
É a proteção do mutuário.
Para que o teto não seja estourado em pouco tempo, inicia-se com essa espécie de "colchão".
Se os 30% são ultrapassados, o mutuário pede revisão. A prestação é rebaixada e a diferença é lançada no saldo devedor.
A diferença pode ser paga pelo mutuário ou permanecer como resíduo. Nesse caso, o prazo original é ampliado para que o mutuário consiga liquidar todo o empréstimo. Funciona como um minifinanciamento dentro do original.

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