São Paulo, domingo, 21 de agosto de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BM&F propõe novos contratos

DA REPORTAGEM LOCAL

A BM&F (Bolsa de Mercadorias & de Futuros) encaminhou ao Banco Central estudos para dois novos produtos. Ambos apontam para uma maior internacionalização do mercado.
Um deles é a possibilidade de negociar dólar no mercado à vista –hoje ela só existe no mercado futuro.
Os estudos foram preparados por Emílio Garófalo Filho, ex-diretor do BC e, atualmente, dono da Líbero consultoria.
Pela proposta, o dólar seria negociado através de certificado de custódia. O investidor não receberia os dólares, mas um papel que diz que ele tem o equivalente a tantos dólares depositado em banco.
"A vantagem é que, ao contrário das que estão em discussão, como a conta em moeda estrangeira para exportadores, ela não aumenta o grau de conversibilidade do real", diz Garófalo.
"É bom para o governo. A idéia permite carregamento de dólar (o investidor é comprador) e hoje a cotação está em queda porque há mais vendedores do que compradores", diz Alves, da BM&F.
Garófalo criticou a idéia do "pacote solteiro" de benefícios creditício e fiscal para os exportadores. "É muito perigoso. O pacote viabiliza uma taxa de câmbio ainda menor. O exportador, que vai pagar menos imposto e receber crédito mais barato, vai achar, por exemplo, que converter um dólar por R$ 0,84 é bom negócio."
Sobre o outro projeto enviado ao BC, a BM&F não forneceu detalhes. A Folha apurou que a tentativa é de permitir o ingresso do investidor externo nos mercados futuro e de opções de produtos agrícolas.

Texto Anterior: Mercado começa a buscar o longo prazo
Próximo Texto: Opostos se completam no Icatu
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.