São Paulo, domingo, 21 de agosto de 1994
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Aumentam salários das profissionais nos EUA

LARRY A. STRAUSS
DO "USA TODAY"

Entre as mulheres norte-americanas casadas que trabalham, 42% ganham mais que seus maridos. Essa é uma das principais revelações de uma pesquisa recente da revista "Working Woman" com 4.500 leitoras.
Uma das principais explicações para o fato é que muitas empresas estão tomando iniciativas para diminuir a diferença entre salários de empregados homens e mulheres.
Nos Estados Unidos, uma profissional recebe em média três quartos dos ganhos de um colega que exerce função equivalente, segundo Leslie Smith, diretora da Associação Nacional de Mulheres Executivas.
Crianças
Há uma outra razão que ajuda a entender por que muitas profissionais começam a ganhar mais que seus companheiros.
É que está aumentando o número de homens casados com mulheres bem-sucedidas financeiramente que optam por desacelerar suas carreiras para poder participar mais da criação dos filhos.
"Trata-se de um reflexo de como a estrutura familiar está mudando", analisa Leslie.
A pesquisa da "Working Woman" foi respondida por profissionais da faixa de 30 a 49 anos. A margem de erro é de três pontos percentuais.
Outros resultados do levantamento:
A incapacidade de poupar é a maior preocupação de 63% das entrevistadas.
Fazer o dinheiro render até o pagamento seguinte preocupa 72% das que ganham de US$ 35 mil a US$ 75 mil por ano e 49% das que recebem mais de US$ 100 mil por ano.
Saldar dívidas é o principal objetivo de 47% das mulheres. Para 39%, o mais importante é poupar para a aposentadoria.
As decisões sobre investimentos são feitas pelo casal segundo 63% das entrevistadas casadas.
A decisão é tomada sozinha por 25%. Somente 6% deixam a responsabilidade com o companheiro.
Uma poupança secreta é mantida por 13% das mulheres casadas que responderam a pesquisa.
A principal razão é que 43% acham que devem ter dinheiro seu guardado, para emergências ou para compras que não querem explicar a ninguém.
Nas decisões sobre investimentos, 30% recorrem aos companheiros, 75% consultam publicações especializadas, 58% conversam com amigos e 31% se aconselham com consultores (respostas múltiplas).
"Frequentemente, as mulheres são tratadas como pouco inteligentes no setor de serviços financeiros, dominado por homens", diz Esther Berger, autora do livro "Segrados que as Mulheres Têm que Saber sobre Dinheiro".
O resultado, afirma ela, é que passam a recorrer a outras fontes, embora as publicações especializadas muitas vezes confundam.

Tradução de Ana Astiz

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