| São Paulo, domingo, 21 de agosto de 1994 |
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O tempo como matéria-prima
FERNANDA PEIXOTO A obra da gaúcha Karin Lambrecht começou a surgir em termos nacionais através da mostra "Geração 80" (Parque Laje, Rio, 1984). De lá para cá, as exposições se sucederam. Em 87, foi convidada para a Bienal Internacional de São Paulo, mas a montagem preparada, "Esther no Pátio do Rei", só se concretizou um ano depois, na galeria Thomas Cohn, do Rio. Nas oito telas com técnica mista que mostra agora, predomina –como nas obras anteriores– uma certa religiosidade. O tempo é a matéria-prima. Aparece como memória, através do amarelado das superfícies, de costuras e remendos. Mas se refere também a um tempo mítico, circular, que explode mensurações cronológicas.Galeria Camargo Vilaça. R. Fradique Coutinho, 1.500, Vila Madalena, zona oeste. Tel. 210-7390. Segunda a sexta: 10h/20h. Sábado: 10h/14h. Até sábado, 27. Texto Anterior: Batman segundo Frank Miller Próximo Texto: Castle Donington versão brasileira Índice |
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