São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 1994 |
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Advogada dos EUA acusa fabricante de próteses
FERNANDO CANZIAN
A informação é da advogada Sybil Shainwald, que representa as mulheres estrangeiras em uma ação milionária para indenizar as "vítimas da indústria do silicone". Shainwald diz que documentos mostram que a Dow Corning comercializou no Brasil próteses reprovadas pela Food and Drug Administration (FDA), que controla alimentos e remédios nos EUA. Os testes teriam sido feitos há três anos. Proibidos nos EUA, os produtos teriam sido exportados para o Brasil, diz a advogada. Shainwald representa as mulheres estrangeiras em uma ação de US$ 4,2 bilhões que está sendo encaminhada nos EUA para indenizar as "vítimas do silicone". O juiz federal Sam Pointer, responsável pela aprovação do acordo, adiou para setembro uma decisão sobre as indenizações. Para o juiz, os fabricantes de próteses estariam "discriminando" as mulheres estrangeiras, que poderiam acabar recebendo bem menos do que os valores entre US$ 104 mil e US$ 1,4 milhão prometidos às norte-americanas. Cerca de 90 mil mulheres já teriam encaminhado pedidos para participar da ação. Destas, apenas 500 mulheres estrangeiras (incluindo brasileiras) concordariam com os termos propostos. Outras 15 mil mulheres (40% estrangeiras) estariam movendo ações individuais para exigir indenizações maiores. Texto Anterior: Fogem mais 12 presos de delegacia na Baixada Próximo Texto: Hingel pede mais verbas à Fazenda Índice |
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