São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 1994
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Hingel pede mais verbas à Fazenda

FLÁVIO ILHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

O ministro da Educação, Murílio Hingel, apelou ontem ao Ministério da Fazenda para que mantenha as verbas originais do Orçamento deste ano, cortado em US$ 530 milhões pelo FSE (Fundo Social de Emergência).
Segundo Hingel, não será possível manter os três programas básicos do ministério –ensino básico, superior e merenda escolar– em funcionamento até o fim do ano se os cortes forem mantidos.
O Orçamento da Educação era de US$ 7,4 bilhões, baixou em US$ 1,48 bilhão (20%) como forma de contribuição ao FSE e recebeu de volta, do mesmo fundo, US$ 950 milhões. Somente com merenda escolar, o ministério iria gastar US$ 704 milhões.
O Congresso tem marcada para semana que vem a votação do Orçamento de 94, mas a falta de quórum preocupa o Ministério da Educação.
Se a proposta original não for mantida, o ministro admite que pode haver colapso no ensino básico e nas universidades.
O ensino superior tinha um orçamento inicial de US$ 2,7 bilhões, que deveriam abranger também a manutenção e custeio de 43 hospitais de ensino.
Só em 93, esses hospitais foram responsáveis por 8 milhões de consultas e 3 milhões de internações.
No caso da merenda escolar, a situação é mais grave porque o governo autorizou a extensão do benefício durante todos os 365 dias do ano, como parte do programa de combate à fome.
Isso significou mais cem dias de alimentação para 30 milhões de crianças.
A extensão do benefício não foi garantida com recursos adicionais para o Ministério da Educação.

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