São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 1994 |
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Goleiro do Vélez ataca corrupção no futebol
MÁRIO MAGALHÃES
Titular da seleção paraguaia, ele acredita que a seleção do seu país só não se classificou para a Copa do Mundo devido à "desorganização" no esporte. "Os dirigentes só pensam em embolsar dinheiro. Se tivessem preocupação com o futebol, teríamos ido aos Estados Unidos." O Paraguai foi eliminado pela Argentina no saldo de gols –apenas um de diferença. Chilavert acha que, na Europa, a corrupção também impera. "Joguei entre 1987 e 1991 no Zaragoza, da Espanha. Um dirigente disse lá que pagou US$ 1,7 milhão pelo passe de Franco (jogador argentino)." "Na verdade, só pagou US$ 700 mil. O que foi feito com o resto? Foi para o bolso dele, claro." Bem humorado, numa loja de roupas de couro, Chilavert recusou-se a posar com um casaco de vison. "Isso é coisa de maricón (expressão chula que designa homossexual na Argentina). Aqui, só quem usa isso é o Maradona." Na opinião de Chilavert, os goleiros brasileiros são ruins. "Até o Fernández consegue jogar", disse, referindo-se ao goleiro reserva do Palmeiras. O meio-campista Basualdo, do Vélez, disse que sua equipe será campeã porque é superior, individual e coletivamente, a São Paulo e Palmeiras. "O Vélez pode dar muito mais do que deu até agora. Ainda não chegamos ao máximo, porque temos muita vontade de ganhar títulos", acrescentou. (MM) Texto Anterior: Jogadores do Vélez fazem 'clausura' de 72 horas Próximo Texto: Menem vence qualquer um na Argentina da renovação Índice |
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