São Paulo, domingo, 28 de agosto de 1994 |
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Servidores forjam documentos
SUSI AISSA
Em Brasília já foram comprovados 51 casos de fraudes em processos de aposentadoria de servidores públicos. Outros 111 processos estão sendo investigados pelo Ministério da Previdência Social. Em todos os processos já auditados, as declarações de atividade rural apresentadas pelos servidores tinham sido forjadas. Assinaturas e carimbos dos dirigentes sindicais e dos promotores de Justiça que teriam homologado as declarações são falsos. O ex-promotor de Justiça de Rio Sono (TO), José Kasuo Otsuka teve sua assinatura falsificada em 36 das 51 declarações onde foi constatada fraude. Já o promotor de Buritis (MG), Raimundo Messias Júnior, teve sua assinatura falsificada em 11 declarações. "Eu fiquei indignado quando soube das falsificações", afirmou o promotor Otsuka, hoje em Colinas (TO). Ele foi avisado das fraudes pelos auditores do INSS. Segundo Otsuka, a falsificação foi tão grosseira que, no carimbo, faltou a expressão "de Justiça" ao lado da palavra promotor. Os processos restantes envolvem servidores da Câmara dos Deputados, Embrapa, Departamento de Estradas e Rodagem, Corpo de Bombeiros e Unicamp. Todos foram suspensos pelo INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social). Trata-se de um fenômeno inédito, segundo o auditor-chefe da Previdência Social, Sérgio Robazza. "É a primeira vez que detectamos fraudes envolvendo o serviço público.") (SA) Texto Anterior: Fraudes na aposentadoria rural chegam a R$ 700 mi Próximo Texto: Despachante está sob suspeita Índice |
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