São Paulo, domingo, 28 de agosto de 1994 |
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Custo dos portos encarece produtos
FRANCISCO SANTOS
Na área de portos, quase dois anos após a aprovação da lei nº 8.630, que acabou no papel com o monopólio dos sindicatos sobre a mão-de-obra avulsa nos portos, os custos continuam elevados, seja por falta de aplicação efetiva da lei, ou por falta de equipamentos. Mello Lopes foi o coordenador da Ação Enpresarial Integrada, o lobby dos usuários dos portos que liderou a luta pela mudança da legislação do setor. A lei 8.630 já teve reflexos nos custos portuários, reconhece Mello Lopes, mas falta a implementação de sua parte principal, que é o contrato coletivo de trabalho em substituição ao monopólio sindical da mão-de-obra avulsa. As federações de trabalhadores entraram na Justiça com uma ação de inconstuticionalidade que ainda não foi julgada no seu mérito. O embarque de uma tonelada de aço não plano não sai do porto do Rio por menos de US$ 13, nem do de Vitória por menos de US$ 9. No porto belga de Antuérpia essa mesma movimentação já custava há cinco anos US$ 4,50. E em Hamburgo (Alemanha), o custo era de US$ 5,90. Energia elétricaCom 17 hidrelétricas por concluir e carente de recursos para os investimentos necessários, calculados em US$ 6 bilhões por ano, o setor elétrico, que responde por 50% do fornecimento de energia industrial ao país, também busca sua saída. O modelo de parceria com o setor privado é visto pelos engenheiros Adriano Pires Rodrigues e Danilo Dias, da Coppe-UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) como caminho mais promissor até para baratear os custos energéticos. Segundo dados da Eletrobrás citados pelos dois técnicos, a tarifa industrial de suprimento (custo da energia que sai da usina) no Brasil está em US$ 34 por mW/h (megaWatt/hora), contra entre US$ 27 e US$ 30 na Argentina. Texto Anterior: Estudo revela carga tributária elevada Próximo Texto: Brasil é recordista de juros há três anos Índice |
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