São Paulo, domingo, 28 de agosto de 1994
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Governo teme pressão salarial

GUSTAVO PATÚ; VIVALDO DE SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo não pretende retornar ao mercado cambial para compra ou venda, disse o diretor de Assuntos Internacionais do BC (Banco Central), Gustavo Franco.
A intenção do governo é não intervir pelo menos até o final da atual administração.
Desde que o Plano Real foi lançado, em 1º de julho, o BC deixou de atuar no mercado de câmbio, apesar das pressões.
O governo está aprensivo com as pressões que devem surgir no próximo mês por reposições salariais. Categorias importantes, como bancários e petroleiros, têm datas-bases em setembro.
A recomendação da área econômica aos diretores de empresas estatais federais é que se cumpra somente a lei. Ou seja, não devem ser concedidos reajustes reais (acima da inflação).
O secretário-adjunto de Política Econômica, Gesner de Oliveira, disse que o governo tem como evitar que estas pressões venham a comprometer o plano de estabilização. Segundo ele, o plano não é recessivo e as taxas de juros reais estão caindo.
O presidente do BC, Pedro Malan, avalia que as dificuldades passadas por pequenas instituições financeiras, no primeiro mês do Plano Real, não representaram problemas imprevistos para o governo.
(Vivaldo de Sousa e Gustavo Patú)

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