São Paulo, domingo, 28 de agosto de 1994
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Saques não assustam BC

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Central acredita que os reais sacados das cadernetas de poupança nos últimos dias dirigem-se menos ao consumo e mais a outras aplicações financeiras.
Nos primeiros 30 dias do real, a poupança recebeu depósitos novos estimados em R$ 2 bilhões. Na ocasião, consultores indicavam que a poupança seria a melhor aplicação.
Quanto ao aquecimento do consumo, a equipe econômica acha que ainda não é preocupante. A avaliação indica que o consumo tem crescido via crediário e nas classes D e E.
Os assalariados mais pobres estão gastando o ganho que tiveram com a parada súbita da inflação. Assim, passam a um patamar superior de consumo e ali estacionam.
Quanto aos crediários, o comércio, na avaliação do BC, já está com dificuldade de financiar com recursos próprios. E os bancos não têm recursos para aumentar o crédito.
Em resumo, a equipe acredita que as causas de aumento de consumo estão se esgotando.
(CAS)

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