São Paulo, domingo, 28 de agosto de 1994 |
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Aplicação é o trunfo de Ukio Katayama na F-1
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
O piloto da Tyrrell se considera um 'aluno', que tem muito a aprender ainda. E como bom oriental, é aplicadíssimo em suas 'aulas'. Leia abaixo alguns trechos da entrevista que o piloto deu à Folha na última sexta-feira. Folha - É verdade que você tem um técnico para aprimorar sua performance? Katayama - Sim. Mas isso não é tão importante para o meu desempenho. Ele é mais como um conselheiro. F-1 não é tão fácil. Aprendi muitas coisas este ano, mais por ter um bom carro e uma boa equipe. Folha - Como foi a sua carreira antes da F-1? Katayama - Comecei a correr com 20 anos. Nunca andei de kart e minha primeira categoria foi a F-Ford, onde fui duas vezes campeão. Depois fui para França, onde disputei a F-Renault. Mas fui obrigado a voltar ao Japão, porque perdi todo meu dinheiro. Entrei então para a F- 3.000 japonesa e ganhei o campeonato, o que me levou a Tyrrell. Folha - Mas antes disso você era atleta olímpico, não? Katayama - Fui, há muito tempo, quando eu era estudante de colégio. Tinha índices que prometiam. Mas eu gostava de motos e acabei sofrendo um acidente que me impediu de continuar a carreira. Tenho alguns problemas com minhas pernas hoje em dia. Folha - Voltando a F-1, o que você precisa fazer para chegar bem em um GP? Katayama - Como eu disse antes, estou aprendendo muito ainda. O senhor Harvey Postlethwaite (diretor da equipe) é como um pai e um professor para mim. O melhor da "escola de corrida Tyrrel". Sou apenas um estudante. Folha - O que você conhece do Brasil? Katayama - Gosto muito do Brasil, principalmente por ser o país de Ayrton Senna. Sei também que o Brasil ganhou a Copa. É um país forte. Mas uma coisa que me chamou atenção quando fui para lá: alguns são muito ricos e outros são muito pobres. Texto Anterior: Piloto é o mais jovem a ter a pole Próximo Texto: A queda de Maradona Índice |
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