São Paulo, domingo, 28 de agosto de 1994
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Alemão não quer ser o sucessor de Cerezo

UBIRATAN BRASIL
DA REPORTAGEM LOCAL

O volante Alemão, 32, não quer ser apontado como o sucessor de Toninho Cerezo. "Temos estilos diferentes. Ele é até mais veterano que eu", brincou o jogador, que volta ao futebol brasileiro depois de mais de sete anos na Europa.
Alemão jogou no Atletico de Madrid, Napoli e Atalanta e dispensou uma proposta do Botafogo para voltar a trabalhar com o técnico Telê Santana.
Sua experiência, garante, difere da de Cerezo, como contou à Folha, na sexta-feira.
(UB)

Folha - Por que você não gosta de ser comparado ao Cerezo?
Alemão - Bom, nenhuma comparação é boa. Já com o Cerezo, me sinto em desvantagem porque ele é muito habilidoso. Para mim, é impossível imitar seu estilo.
Folha - Mas você tem a mesma função de orientar os outros jogadores...
Alemão - Certo, mas isso é função tática, não qualidade individual. Eu vou ter mais obrigação de marcar que ele.
Folha - Isso quer dizer que sua responsabilidade aumenta?
Alemão - Enquanto o time reserva continuar disputando o Campeonato Brasileiro, sim. Nos treinos, percebi que muitos jogadores precisam de orientação.
Folha - De que tipo?
Alemão - Os mais jovens têm muita pressa para passar a bola e acabam se esquecendo do adversário. É ruim porque, perdendo a bola, temos que correr em dobro.
Folha - E como você orienta?
Alemão - Gosto de brincar. Quando o Gilmar me obrigou a correr para recuperar a bola, eu disse que ele iria matar o velhinho.

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