São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 1994
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Cinco grupos de empresas privadas devem controlar Pólo de Camaçari

SUZANA PEREIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

As privatizações iniciadas neste mês no Pólo Petroquímico de Camaçari apontam a médio prazo para a aglutinação de cinco grupos privados nacionais que deterão o controle do pólo.
A estimativa é do presidente da Fieb (Federação das Indústrias da Bahia), José Mascarenhas, que até o ano passado presidia o Sindicato das Indústrias Petroquímicas da Bahia.
Com o fim do modelo tripartite original, marcado pela presença estatal, Mascarenhas diz que entra em cena o modelo "multipropósito", adotado com sucesso nas petroquímicas do Japão e da Alemanha.
Segundo ele, o "multipropósito" ou "união de negócios", reúne capitais distintos em uma mesma administração, gerando economia de custos administrativos.
O modelo permite aos grupos associados, por exemplo, contarem com a mesma diretoria, além de contabilidade e estrutura de vendas comum.
Mascarenhas admite que se trata de um oligopólio, "no sentido lato da palavra, ou seja, poucos produzindo muitas coisas".
Nessa nova fase, prevê, predominarão os grupos Odebrecht, Mariani, Econômico, Ultra e Suzano.
Os três primeiros são baianos. A Odebrecht e o Econômico, a partir de uma estratégia de diversificação de investimentos, consolidaram sua presença no ramo petroquímico nos últimos dez anos.
Através da Norquisa, os três já detêm a maioria do capital ordinário da central de matérias-primas do Pólo –a Copene–, que leiloará parte do seu capital estatal no próximo dia 30.
Atualmente, o capital estatal da Copene, representado pela Petroquisa, é de 48%. Com o leilão, passará a 15%.

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