São Paulo, quarta-feira, 31 de agosto de 1994
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País destina pouca verba ao setor, aponta OMS

DA REPORTAGEM LOCAL

Segundo a OMS (organização Mundial de Saúde) o Brasil gasta apenas 4,8% do seu PIB (Produto Interno Bruto) com saúde.
O mínimo aceitável pela OMS é de US$ 200 anuais por cidadão, o equivalente a 6% do PIB do país.
Estes dados foram apresentados por David Tejada de Rivero, representante da OMS e ex-ministro da Saúde do Peru, em um debate realizado ontem no Instituto de Estudos Avançados da USP, que discutiu a crise da saúde no país e as perspectivas para o novo governo.
Entre os debatedores estavam Adib Jatene, diretor da Faculdade de Medicina da USP e ex-ministro da Saúde, o empresário Antônio Ermírio de Moraes, Flávio Fava de Moraes, reitor da USP, e dois representantes da OMS, Antonio Pajés e Rivero.
Jatene acredita que o maior problema da saúde no país é a falta de linhas gerais de administração.
Para Antônio Ermírio o problema é o mau gerenciamento do sistema. Ele disse que os trabalhadores brasileiros pagam muitos encargos sociais e não recebem nada em troca, por causa do desvio de verbas do governo.
Já David Tejada de Rivero, diferenciou a saúde do atendimento médico.
Segundo o representante da OMS, o conceito de saúde para a população deve abranger também renda familiar, educação e saneamento básico.

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