São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 1994
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Roriz convoca servidores para comício

LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O grupo político do governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PP), pediu votos para FHC em comício realizado no dia 16 para trabalhadores do governo do DF.
O comício, realizado em local e horário de trabalho, começou às 9h, ao lado da fábrica de argamassa da Novacap (Companhia de Urbanização da Nova Capital).
Participaram cerca de 800 trabalhadores contratados através de convênio da Novacap.
Os trabalhadores foram recolhidos das suas casas e transportados para o local em "caminhões-gaiola" da Novacap.
Após o comício, cerca de 500 servidores seguiram para outros locais de trabalho.
O Sindser (Sindicato dos Servidores do Distrito Federal) apresentou representação ao Tribunal Regional Eleitoral/DF solicitando a impugnação dos candidatos que participaram do comício.
O sindicato entregou ao TRE fita de vídeo filmada durante o comício. O candidato a governador do DF pelo PTB, Valmir Campelo, pede aos trabalhadores que votem em FHC.
Durante o comício, os candidatos prometeram manter o convênio da Novacap, que emprega cerca de 9.000 trabalhadores. Eles são contratados sem concurso público.
Depois de pedir voto, Campelo prometeu manter o emprego de todos: "Não é sendo governo que vou demitir vocês. No que eu puder ajudar eu vou fazer".
A vice-governadora Márcia Kubitschek, candidata ao Senado, alertou: "Pensem bem antes de botar a cédula na urna. Valmir Campelo é o candidato abonado por Roriz".
O comício foi realizado no carro de som do empresário Luiz Estevão, candidato a deputado distrital e amigo íntimo do ex-presidente Fernando Collor.
"Assembléia"
O diretor administrativo da Novacap, Luis Carlos Carvalho, disse à Folha que foi realizada uma assembléia de servidores ao lado da fábrica da empresa: "Não sei sobre comício", disse.
Corregedoria
Roriz está proibido de fazer inaugurações ou solenidades com a presença de candidatos até o segundo turno –15 de novembro.
Roriz também não poderá, durante atos administrativos, pedir votos, apoio político ou favorecer candidatos.
As proibições foram determinadas pelo corregedor-regional-Eleitoral do Distrito Federal, José Jeronymo Bezerra de Souza.

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