São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 1994
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Nível de atividade é estável, diz Fiesp

DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor interino de Economia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Feres Abujamra, divulgou ontem o INA (Indicador do Nível de Atividades), que indicou um quadro de relativa estabilidade na indústria paulista em julho.
O INA mostrou crescimento de 0,9% em julho, em relação ao mesmo mês do ano passado. Mas o INA dessazonalizado de julho de 94 em relação ao mês anterior registrou ligeira queda de 0,3%.
A Fiesp atribuiu à "desova" de estoques o crescimento do INA de julho deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado.
Depois de afirmar que a Fiesp espera que seja duradouro o hiato, ocorrido em julho e agosto, do "sufoco" da corrida inflacionária, Abujamra pediu comedimento e bom senso nas negociações salariais dos próximos meses.
Abujamra reconhece, no entanto, que não há espaço para aumentos de preços.
"Se houver um pleito salarial acima da capacidade da indústria de pagá-lo, o aumento não vai acontecer, mas se ele for feito com intuito de repasse para os preços não se vai vender".
Abujamra diz que a Fiesp trabalha com a hipótese da queda da inflação em setembro para um patamar entre 1,5% e 2%.
"Há estabilidade, o plano está sob controle, não existe corrida explosiva ao consumo, portanto, tudo leva a crer na queda da inflação", disse.
Se a estabilidade for mantida até o início do próximo ano e houver uma conscientização política razoável na busca dessa estabilidade mais permanente sem dúvida os investimentos voltarão "naturalmente" na indústria paulista, disse.
A apuração do INA de julho revelou que as vendas reais apresentaram um crescimento de 0,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Com relação a junho, as vendas reais de julho de 94 mostraram crescimento de 0,9%.
As horas trabalhadas na produção registraram 4,1% em julho relativamente ao mesmo mês do ano passado e um declínio de 0,4% em relação a junho.
Os maiores crescimentos das vendas reais de janeiro a junho ocorreram nos setores de material elétrico e de comunicações (44,5%), mecânica (27,1%) e material de transporte (11,8%).
Os setores químico (-19,1%) e têxtil (-16,9%) registraram as quedas mais expressivas das vendas reais no primeiro semestre deste ano.

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