São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 1994
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Bolsa paga mais que renda fixa em 6 meses

JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

As Bolsas lideraram, com sobras, o ranking das aplicações de agosto. A pior alternativa foi o dólar paralelo.
Quem aplicou em ações obteve um rendimento equivalente ao que será pago pela renda fixa em seis meses. O cenário, do ponto de vista da rentabilidade, foi favorável ao governo.
A Bolsa do Rio acumulou um rendimento de 27,52%; a paulista, de 26,85%; os fundos de ação, até o dia 30, 16,66%; e os fundos de carteira livre, até o mesmo dia, de 13,28%.
Outra marca de agosto foi a isenção do pagamento de Imposto de Renda (IR) para todos aqueles que aplicaram na renda fixa e não sacaram os recursos antes de 30 dias.
Prova de que o governo ainda não conseguiu montar um sistema tributário para um cenário de inflação baixa. Ou o investidor paga mais do que deveria (quando saca antes de 30 dias) ou fica isento.
O IR é calculado sobre o ganho real (o que exceder a variação da Ufir). A Ufir variou 5%. Nenhuma alternativa da renda fixa rendeu mais do que 3,91%.
A confusão dos índices de inflação (alguns carregam mais do que outros a inflação passada, sendo o IPC-r, o índice oficial, o campeão desta modalidade) leva à conclusão apressada de perda para a inflação das aplicações de renda fixa, poupança incluída. Mas, enquanto isto, os empresários reclamam das altas taxas de juros.
Ninguém perdeu da inflação corrente, exceto ouro e dólar. Segundo os analistas do mercado, a inflação corrente, porém, volta a subir a partir de outubro.
(JCO)

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