São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 1994 |
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Proposta prevê menos IPI para todos os carros
ARTHUR PEREIRA FILHO
O presidente da Anfavea (associação dos fabricantes), Luiz Adelar Scheuer, explica que as alíquotas atuais –25% e 30%– seriam substituídas por três novas faixas. Carros acima de 1.000 e até 1.800 cilindradas pagariam 10%; entre 1.800 e 2.500 cilindradas, 15%. Acima de 2.500 cilindradas, a alíquota atingiria 20%. Mas a Anfavea não pretende abrir mão da isenção do IPI sobre o carro "popular". Scheuer diz que aumentar o imposto sobre o "popular" nesse momento não seria "uma medida de bom senso" e prejudicaria o comprador. Para Scheuer, é possível regular o mercado e eliminar o ágio sem punir o consumidor. A distribuição desigual da cobrança de IPI, segundo ele, é responsável pelo excesso de demanda do "popular". A Anfavea decidiu apoiar a proposta de combate ao ágio feita pela Fenabrave (associação dos revendedores) e pela GM. O comprador do "popular" ficaria impedido de revender o veículo por um período de seis meses ou um ano. A proposta de redução do IPI, que será entregue ao assessor da Fazenda, Milton Dallari, não é consenso nas montadoras. A Fiat, por exemplo, considera "abrupta" a redistribuição de alíquotas. Poderia, na avaliação da Fiat, desorganizar o mercado e provocar ágio em outros modelos. Todas as fábricas são a favor da isenção de IPI sobre o "popular". Mas a GM já anunciou que não descarta uma negociação. A Fiat, por sua vez, não admite quebra de contrato assinado com o governo e fala em recorrer à Justiça. Texto Anterior: Turismo e modelo de Estado Próximo Texto: Bolsas e dólar comercial registram queda Índice |
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