São Paulo, quinta-feira, 1 de setembro de 1994 |
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Tradição dá um toque especial ao uísque
LUÍS FRANCISCO CARVALHO Fº ; SILVIO CIOFFI
Em 1494 os "Scottish Exchequer Rolls" mencionavam o "uisge beatha", ou água da vida –que 500 anos depois seria o destilado mais consumido do mundo. Entre o século 15, quando a arte de produzir a bebida era tarefa dos monges das Terras Altas, e os anos 1707-1713, quando o destilado ganhou popularidade, o uísque foi produzido segundo uma receita que junta tradição e magia. Com a popularidade veio a taxação e a bebida quase desapareceu, ressurgindo em 1824. Hoje o processo de maltação do uísque escocês é industrial. Ainda assim a produção segue normas rígidas de fabricação e envelhecimento, herdadas de séculos de tradição. E é esse "blended" (mistura) de tradição e magia que torna a bebida especial. Cada destilaria está às margens de um rio e tem seu alambique característico. É impossível fazer dois uísques iguais. Envelhecido em barris de carvalho provenientes da Espanha (onde armazenavam xerez) ou dos EUA (utilizados na produção de "bourbon", o uísque de milho), o puro malte uísque também herda características de seu tonel. Só é chamado de "scotch" uísque o destilado que envelhece pelo menos três anos. Alguns dos segredos estão guardados em velhos documentos, como o de 1494. Mas existem outros tantos, que precisam ser descobertos como quem viaja por um mundo de cores, aromas e sabores. (LFCF e SC) Texto Anterior: Conheça a terminologia Próximo Texto: Em Glasgow, o passado está em todo lugar Índice |
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