São Paulo, domingo, 4 de setembro de 1994
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A Pirelli volta a rodar sobre os lucros

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

A Pirelli do Brasil vendeu, há dez dias, seus dois helicópteros. A decisão é emblemática dos tempos de austeridade que imperam na companhia, agora que o azul voltou ao seu balanço.
Comandado pelo milanês Emilio Casnedi, o grupo já se desfez de toda uma divisão de produtos diversificados no ramo de autopeças e de um banco, o Fintec. Está vendendo parte de seu patrimônio imobiliário.
A ordem, nos últimos dois anos, tem sido concentrar o fogo em seus dois negócios principais: pneus e cabos. Parece que a receita funcionou. Curvada por prejuízos que chegaram a atingir US$ 32,3 milhões em 1992, a Pirelli registrou no primeiro semestre deste ano sua primeira temporada de lucro (US$ 19,3 milhões) desde 1990.
"A venda dos helicópteros é para dar o exemplo", diz Casnedi. Foi com detalhes simbólicos semelhantes que a companhia sustenta ter conseguido diminuir custos e expurgar desperdícios nas linhas de montagem.
O número de funcionários declinou de 11 mil para 7.500 sem que tenha havido redução dos volumes comercializados. "Continuamos a deter liderança no mercado nacional", afirma Pio Gavazzi, diretor-superintendente.
Com projeção de faturamento que alcança US$ 850 milhões este ano, o grupo investiu pesado em programas de treinamento e de qualidade –ao mesmo tempo em que redesenhava o organograma para agrupar suas atividades e reduzir níveis hierárquicos.

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