São Paulo, domingo, 4 de setembro de 1994
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Telê planeja dispensas para reerguer São Paulo

ALBERTO HELENA JR.; UBIRATAN BRASIL
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

UBIRATAN BRASIL
O técnico Têle Santana, 63, não se importa com o atual declínio do time do São Paulo. O atual bicampeão mundial interclubes diminuiu o número de títulos ao mesmo tempo em que, de goleador, passou a ser uma equipe mais vulnerável a gols sofridos.
"Prefiro empatar jogando um bom futebol do que ganhar com uma atuação medíocre", disse Telê, que elogiou os jogadores que perderam o título da taça libertadores, na semana passada.
Seus sentimentos são soberanos. A derrota não virou o Morumbi de cabeça para baixo, e nem despertou a crise que seria normal em outros clubes. Seu apoio aos jogadores salvou a todos, especialmente o meia palhinha, que perdeu um pênalti na decisão.
O mau resultado, aliás, despertou um novo ânimo no treinador. Ciente do importante trabalho de renovação a ser feito no time, Telê fala agora em deixar o futebol de uma maneira menos enfática.
O técnico são-paulino adiou também o plano de escrever sua biografia. Há cinco meses, Telê, revelou a Folha sua disposição em contar sua carreira, iniciada em 1951, como ponta do fluminense.
Mesmo sem disposição para ordenar os fatos em livro, o treinador relembrou histórias para a folha em uma entrevista que pretendia rápida, mas que consumiu 1h15 de gravação, na sexta.
*
Folha –A derrota na decisão da libertadores encerrou uma fase do São Paulo, iniciada em 91 com a conquista do Campeonato Brasileiro. O time caiu de produção nesse período, ganhando menos e tomando mais gols. Como o senhor explica essa decadência ?
Telê Santana –Ainda é cedo para analisar.Temos que levar esse time até o final do ano, quando deverão acontecer dispensas. O time base já está reforçado com o Alemão, Ailton e Sierra. Mas não posso adiantar nada porque nem sei se eu mesmo vou continuar no clube.
Folha –Mas a decisão de abandonar o futebol agora é mais forte ?
Telê –Esse é meu desejo. Quero aproveitar mais a vida, que está passando. Tenho vontade de pescar no Pantanal, coisas que fiz uma só vez. Preciso conhecer melhor o Brasil, não só hotéis, aeroportos e estádios. Gostaria de ir de Manaus até Belém pelo rio Amazonas. Visitar meus parentes distantes. Viver, enfim. Muita gente duvida que eu consiga ficar longe do futebol, mas eu gostaria de tentar uma experiência.
Folha –A sua família o pressiona para deixar o futebol?
Telê –Ao contrário, eles querem que eu fique! É uma pressão que influi, principalmente dos meus netos, eles se sentem orgulhosos do meu trabalho, dos elogios que eu recebo. Isso sempre mexe comigo e me obriga tomar decisões que normalmente eu não pretendia.
Folha –Mas o senhor se sente preparado para largar o futebol de um dia para o outro?
Telê –Não sei se já estou preparado. Acho que férias de apenas um mês é pouco para mim. Preciso de mais tempo como fiz no início do ano. Durante as festas natalinas eu não tenho tempo de me reciclar porque todos os parentes vêm a minha casa. É que eu preciso é de sossego, ir para um lugar tranquilo, sem nenhum barulho...
Folha –Para visitar todo seu latifúndio, é preciso realmente de muito tempo ... (risos)
Telê –Infelizmente não tenho tudo isso. só mesmo uma fazendinha, perto de Petrópolis (RJ), onde me escondo. É lá que eu vivo com mais tranquilidade.
Fui criticado por ter voltado ao time quando o Campeonato Paulista já estava em andamento, mas ninguém sabe da necessidade que preciso desse tipo de descanso.
Folha –Porque o senhor mora no Centro de Treinamento do São Paulo? É para ficar observando os jogadores de perto?
Telê –De forma alguma! Aqui dentro não falo nada com os jogadores. Sou como se fosse um colega deles, mas que não participa das brincadeiras. Sei que isso tira a liberdade deles até para falar palavrões.
Folha –Porque a preferência de morar no CT?
Telê –Não foi escolha minha. Quando cheguei ao São Paulo em 90 o clube não tinha um tostão. Os dirigentes foram me buscar no aeroporto e o Carlos Caboclo (um amigo pessoal) me disse que o São Paulo estava na 2a. divisão do campeonato paulista, não tinha dinheiro para fazer contratações e nem sabia quanto podia me pagar. "Como nem tinham condições de me deixar em um hotel, os dirigentes me pediram para ficar um mês morando no CT. Como eu só vim para São Paulo atendendo um pedido de caboclo, aceitei.
Folha –Mas sua disposição quando chegou era de ficar só três meses...
Telê –É verdade eu já ia embora em dezembro. A vontade até foi maior depois de decidir o título brasileiro. Fiquei aborrecido, porque o São Paulo subiu do 10. lugar para a decisão, mas acho que houve um trabalho para o corinthians ganhar. Os dois árbitros foram péssimos houve muita catimba e perdemos os dois jogos, eu não queria voltar mas os dirigentes e a minha familia me pressionaram. Acabei aceitando.
Folha –Seu quarto hoje é o mais confortável do CT?
Telê –Claro que não. Eu não me importo com isso. Há uma geladeira lá, porque os dirigentes insistiram para eu aceitar.
Folha –E a história de que o senhor puxou uma extenção do telefone da concentração para o seu quarto, para acompanhar as ligações dos jogadores ?
Telê –Isso me aborreceu muito. Nunca pedi extensão nenhuma. O telefone que tenho no quarto tem linha particular, que é a extenção da linha dos diretores. Os jogadores nem sabem o número, quando surgiu a história, fiquei maluco.
Reuni o time e disse, que nada era verdade, que o número era diferente dos dele e que pouco me importava o que eles falavam no telefone.
Aproveitei também e dei um esculacho no jornalista que publicou a história.
Folha –O senhor nem entra no quarto dos jogadores?
Telê –Somente duas vezes, Uma aqui no CT, foi para uma reunião, mas convocada por eles. A outra foi na Espanha, no ano passado. Fui avisado por um porteiro do hotel que três jogadores não estavam. Fui em todos os quartos para descobrir ( eram Marcos, Adriano, Gilberto e Lula, que foram afastados). Fora isso jamais, eu só aconselho a eles que durmam cedo, se alimentem bem, que tenham uma vida regrada.
Fazer como vários técnicos que eu eu tive, que obrigavam a fechar a chave de fora para comprovar se ninguém tinha escapado nunca.
Folha –Quais suas diversões morando no CT?
Telê –Gosto muito de ler, principalmente jornais e revistas. Leio sobre tudo. Até aviso fúnebre eu dou uma conferida.
Folha –E qual é a sua análise sobre a cobertura esportiva atual, em comparação ao tempo em que era jogador?
Telê –Naquela época, eram mais torcedores que cronistas. Hoje as críticas são mais impessoais, apesar de ainda haver campanhas, contra jogadores técnicos, dirigentes. Isso não aceito de forma alguma.
Folha –O senhor já foi perseguido?
Telê –Já, quando cheguei ao São Paulo, em 90. Meu primeiro pega foi com Juarez (Soares, comentarista da TV Bandeirantes ). E eu descobri de uma maneira desagradável. O time impatou (0 a 0) no meu primeiro jogo contra o São José. Eu pedi o videoteipe da partida para repassar aos jogadores, a fim de corrigir erros. Em um determinado lance, ele disse na transmissão que havia técnicos que ficavam pouco tempo nos clubes para faturar com indenizações.
Claro que se referia a mim, que pretendia ficar só três meses no São Paulo, eu desliguei a televisão e disse aos jogadores que jamais assinava contrato e nunca receberia indenizações se não considerasse justa disse também que daria a resposta ao vivo e foi o que eu fiz no jogo seguinte, contra o Palmeiras.
O Juarez negou que tivesse se referido a mim, mas tenho certeza que foi uma direta. Comigo ele ouviu o que não devia.
Folha –E a fama de pé-frio?
Telê –A história começou desde a Copa de 86, e no começo eu ficava muito aborrecido. A cada referência disso, eu relatava todos os títulos que tinha conquistado.
Depois de pensar muito, decidi não falar mais nada. Minha consciência estava tranquila sobre o meu trabalho. Aliás aconteceu outro fato desagradável, também envolvendo os jogadores.
Folha –Como foi?
Telê –Eu era técnico do Atlético –MG e, no dia de uma decisão do título mineiro contra o Cruzeiro, assisti um pouco de televisão com os jogadores. Foi quando ouvimos o Flavio Prado (atual comentarista da TV Cultura e da rádio Jovem Pan), na TV Bandeirantes, dizer o seguinte: "Já sabem ganha o Cruzeiro, o Telê é um tremendo pé-frio e vai perder ". Eu não disse nada aos jogadores, desliguei a tevê, fiz a preleção e ganhamos de 1 a 0. No dia seguinte só aceitei dar uma entrevista se passassem na íntegra minha resposta. Foi o que fizeram e depois focalizaram o Luciano do Vale que estava ao vivo e disse : "Quem diz oque quer, ouve o que não quer".
Folha –Aliás, o senhor gosta de falar o que quer, principalmente quando critica dirigentes e árbitros, não?
Telê –Mas sempre a favor do futebol. O problema é que os dirigentes sempre fazem coisas absurdas. Como no ano passado, quando pedi que colocassem um monitor de televisão no banco de reservas do Morumbi, para acompanhar melhor os lances. Pedi que colocassem também no banco do adversário. Mas o representante da federação simplesmente proibiu. Outro absurdo foi quando tentaram proibir o Zetti de jogar de calças compridas. Em um jogo contra o Noroeste, o juiz disse para ele tirar, porque só permitiria se estivesse frio (e não estava), ou se o campo estivesse ruim. O Zetti apontou para o gramado e falou: " E esse campo, é bom?" Conseguiu manter as causas.
Folha –Nessa época em que o senhor começou a reclamar, o São Paulo tinha um estilo bem agressivo de jogar, praticamente com cinco atacantes. O time de hoje privilegia o meio campo. Isso permitiu o Zagalo criticar o seu time. O que aconteceu?
Telê –A filosofia não mudou. O problema é que os jogadores não são os mesmos. O time de hoje é inferior aos dos anos passados. Talvez existam bons jogadores tecnicamente falando, mas eles ainda não se entrosaram. Já disse que o time está fora do ponto. É como o distribuidor de um carro, se está um pouco atrasado, não rende; se está um pouco adiantado, bate o pino. O São Paulo de hoje está assim.
Folha –A chegada de novos jogadores, como Alemão, Aílton e Sierra, vai retardar esse entrosamento?
Telê –Não posso dizer isso. No começo, sempre os jogadores estranham o estilo de jogo. Eles têm que se adaptar ao nosso ritmo, ou seja, devem se movimentar mais. Soltar a bola com mais rapidez. Por isso que os novos jogadores têm dificuldade para se adaptar ao nosso sistema de jogo, que é diferente dos demais. O Axel passou um bom tempo na reserva, o Júnior Baiano teve um começo ruim. Tudo isso colabora para que o time não jogue como jogava antes. Hoje também os adversários se desdobram mais para vencer o bicampeão mundial, o que atrapalha ainda mais.
Folha –Como aproveitar bem os novos jogadores do time?
Telê –O importante é saber aproveitar o jogador no máximo de seu conhecimento. Não adianta eu pedir ao Doriva, que é volante, para tentar o gol. Ele não sabe fazer. Temos que jogar dentro de nossas limitações. No jogo contra o Olímpia, aqui no Morumbi, eu precisava substituir o time, mas olhava para o banco de reservas e não tinha opções. Eu não tinha soluções para meu problema. Isso fez com que o time caísse de produção com o tempo, a ponto de jogar de forma tão medíocre como contra o Vélez, em Buenos Aires.
Folha –A implantação do sistema 3-5-2, com líbero, contribuiu para dificultar esse entrosamento?
Telê –Não. Eu só adotei esse sistema porque dispunha de jogadores que sabem atuar assim. Antes, com zagueiros como Ronaldo, Adílson, não era possível. Eles não têm as características necessárias. Já com o Gilmar e o Júnior é possível. Nenhum deles é obrigado a ficar preso na defesa. No último jogo contra o Velez, o Júnior esteve várias vezes na área adversária, quase marcando um gol. E, acima de tudo, temos o Válber que joga bem tanto no meio-campo como auxiliando a defesa.
Folha –O senhor o considera um dos jogadores mais completos atualmente?
Telê –Considero. Se ele tivesse um pouco mais de juízo, seria melhor que o Baresi (líbero da seleção italiana). O Válber é o exemplo mais bem acabado do elemento-surpresa, aquele que pode aliviar o ataque quando o meio-campo está congestionado. E ele sabe jogar bem nas laterais, no meio, na defesa. É um dos mais completos. Atualmente, o melhor caminho para o gol é pelas laterais –e até os nossos hoje (Vítor e André) não estão bem– e ele surge como a melhor opção. Foi assim que conseguiu fazer o gol contra o Palmeiras, pela Libertadores.
Folha –Como jogar com líbero sem se prender na defesa?
Telê –É só soltar os zagueiros para ir à frente. É claro que, se o Válber desce, os outros dois ficam. E a atuação dos laterais é essencial porque é o único caminho ainda livre. O Brasil leva vantagem sobre os outros países e mostrou isso na Copa dos Estados Unidos. Ninguém aproveita melhor a função ofensiva dos laterais que os brasileiros. Os europeus só usam as beiradas quando os centroavantes chegam por ali. O único problema é que os jogadores daqui ainda só fazem o que o técnico diz, esquecendo sua criatividade.
Folha –Como assim?
Telê –Os jogadores não se preocupam tanto com a bola como deviam. Eu digo a eles para não viraram as costas para a bola. Quantas vezes um goleiro não bate errado um tiro de meta e só um atacante atento consegue fazer o gol? Eu fui um jogador muito aplicado, que acompanha a bola até quando estava nas mãos do gandula. Por isso que meu apelido era "Fio de Esperança": eu ficava ligado no jogo até o último minuto.
Folha –E quais são os problemas do time hoje?
Telê –Os jogadores têm que ser inteligentes para se movimentarem corretamente e cobrindo as posições. Sempre falo que, quando o time ataca pelo lado direito, tem que ter alguém na esquerda porque sempre vai estar sem marcação. Eu cansei de fazer gol assim. O Nílton Santos (ex-jogador do Botafogo carioca) vivia me xingando, dizendo que eu roubava seu bicho por fazer gols aproveitando a sobra. Eu sabia me colocar. Já os nossos jogadores se marcam em campo! Isso me deixa maluco!
Folha –O que fazer então?
Telê –É tão simples. Se o adversário tem a bola, vamos encostar, combatendo quem está com a bola, marcando os demais. Ganhamos a posse, vamos fugir. Mas o que acontece? Eles se encostam. O Catê, por exemplo, sempre repete esse erro. É um jogador franzino. Se fica perto do adversário, é alvo fácil de pancada. É tudo muito simples, mas é difícil demais enfiar isso na cabeça do jogador.
Folha –O que eles justificam para agir assim?
Telê –Não dizem nada. É um vício que não modificam. O Euller também gosta muito de jogar perto do marcador porque é veloz. Quando disputa na corrida, tudo bem: vai ganhar. Mas, se espera a bola já marcado, não adianta: vai estar sempre caído, recebendo falta. Como ele, eu também tinha um corpo franzino, pesava 57 kg. Por isso eu procurava sempre um espaço livre para receber. Se deixasse o zagueiro bater, ele me jogava para fora do Maracanã.
Folha –Quem mais o senhor cita como bom exemplo?
Telê –O Toninho Cerezo, que estava sempre livre. Porque quando o time estava com a posse da bola, ele sabia onde se colocar. O Ademir da Guia também era mestre –quando os jogadores do Palmeiras recuperavam a bola, a primeira jogada era lançar o Ademir, que estava sempre livre. Eis o tipo de jogador inteligente.
Folha –Qual é a melhor maneira de corrigir esse problema?
Telê –Eu insisto sempre nos treinos. Por isso que não me preocupo em ensaiar jogadas. É muito complicado para os jogadores e, se alguém falha, sai tudo errado. Quero que eles aprendam a se posicionar e a executar bem os fundamentos do futebol. Gols de cabeça, por exemplo, hoje acontecem em menos quantidade que antigamente.
Folha –E qual é a razão?
Telê –Acho que por medo e nem sei por que. Zagueiros e atacantes hoje são medrosos. Quando treinava comigo, o Macedo não punha a cabeça na bola nem por decreto do presidente Itamar Franco (risos). Eu dizia para ele que, quem não sabe cabecear é meio atacante, não um inteiro. Mas não adiantava nada. Já o Elivelton abaixava a cabeça nos cruzamentos mais fortes, nem que fosse decisão de campeonato.
Folha –E o problema da decisão em cobrança dos pênaltis, também é por medo?
Telê –Não, é bem diferente. Não é nada fácil percorrer a distância do meio-campo até a marca do pênalti, com milhares de pessoas te observando. Muitos culpam o Palhinha pelas cobranças erradas, mas é um covardia decidir um título assim. Acho isso mesmo tendo ganhado títulos dessa maneira. O jogador, que já enfrentou uma partida inteira, não está mais tão bem. Eu sempre consulto o jogador sobre suas condições. O Palhinha me disse que estava bem e eu decidi que ele bateria o primeiro, que é muito importante. Não o culpo de nada.
Folha –Depois de ser desclassificado em uma Copa do Mundo nos pênaltis (contra a França, em 86), o senhor já se sente escaldado?
Telê –Não, porque sempre é traumático perder assim. Naquele Mundial, o Sócrates e o Zico, que erraram, me disseram antes que estavam bem. Já o Josimar pediu para não bater, o que eu respeitei.
Folha –A ajuda de um psicólogo poderia ser favorável?
Telê –Não funciona porque há várias cabeças por aqui que não há psicólogo que resolva (risos). Não digo nomes, mas sei que é mais fácil conseguir algum progresso a partir de um técnico em que eles confiam. Em palestras de psicólogos, os jogadores pensam mais na namorada e no carro do que no próprio problema. E é capaz de alguns precisarem de outro psicólogo, para curar o problema que se agravou (risos).
Folha –E sobre mudanças de regras, o que seria necessário?
Telê –O mais importante até agora não foi lembrado: rigor no controle de tempo de jogo. Um goleiro como o Chilavert, do Vélez, tem que ser punido toda vez que tenta gastar o tempo. Mas os juízes não se importam. Ficam no meio-campo, acenando com a mão para apressar a reposição da bola. Cartão amarelo só é aplicado no segundo tempo, quando às vezes o resultado já está definido. Não podemos aceitar só 25 minutos de bola rolando em cada tempo. No Rio Grande do Sul, é pior: os jogos só tem 20 minutos em cada tempo, porque a bola cai na torcida e não volta mais.
Folha –Mas o seu time também pede o final do jogo quando está ganhando e o cronômetro chega aos 45min...
Telê –Mando que fiquem quietos. Se o árbitro está acrescentando alguns minutos, é porque é justo. O futebol tem que ser valorizado.

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