São Paulo, domingo, 4 de setembro de 1994
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SP cria "fiscal" eletrônico

LUIZ CARLOS DUARTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Erramos: 09/10/94

Diferentemente do que foi afirmado nesta reportagem, a captação de sinais no sistema de fiscalização eletrônica de ônibus em São Paulo será feita por laços executados em fios de cobre. Estes não podem ser imantados.
SP cria 'fiscal' eletrônico
Sistema de controle informatizado será instalado em 11 mil ônibus na cidade
São Paulo inicia neste mês um inédito controle do sistema de ônibus urbano na cidade.
Em vez dos tradicionais fiscais, que nas últimas décadas se escondiam nas esquinas para acompanhar a movimentação dos veículos, surge agora um sistema automatizado para fiscalizar o tráfego através de campos magnéticos e ondas de rádio, sem nenhuma intervenção humana (veja quadro).
Os 11 mil ônibus que circulam na cidade serão equipados com um microprocessador, a ser instalado sob o assoalho.
Importado da Holanda, o 'transponder', com 64 bits de capacidade, incluirá dados de bordo, como número do veículo, itinerário, sentido da viagem etc.
Suas informações serão transmitidas e detectadas por sensores eletrônicos instalados em 600 pontos da cidade (terminais, ruas, avenidas e corredores).
A captação será feita por campos magnéticos produzidos por fios de cobre imantados, que serão instalados sob a superfície do asfalto, a uma profundidade de cinco centímetros.
Os dados seguirão para os gerenciadores de fluxo, situados nas calçadas, em caixas similares às utilizadas pela Telesp.
Dali, dirigem-se para o poste de iluminação pública da Eletropaulo mais próximo, onde uma pequena antena emitirá as informações via frequência de rádio para uma plataforma de comunicação no alto de um prédio da região da Paulista.
"O sistema permite uma confiabilidade total das informações", diz Edgard Linguitte, 51, administrador do projeto de Sistema de Fiscalização Eletrônica da CMTC.
A previsão é que em outubro o sistema esteja instalado integralmente. Segundo Linguitte, a fiscalização feita nos moldes antigos, com 1.136 fiscais, custava US$ 500 mil mensais. O novo modelo irá gastar US$ 380 mil por mês.
As mesmas informações serão repassadas para a CMTC, no Pari (região central).
"Poderemos tomar atitudes em tempo real para qualquer situação de emergência", diz Linguitte. Os dados processados vão servir também ao planejamento das 1.400 linhas existentes na cidade e a um controle mais detalhado sobre os serviços que são remunerados às empresas.
A implantação e operação do sistema, durante quatro anos, custará R$ 19,5 milhões.
A hipótese de usar o monitoramento via satélite foi descartada pelo fato de São Paulo apresentar muitas áreas de "sombra" causadas por prédios, que dificultam a veiculação dos dados por satélites.

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