São Paulo, quarta-feira, 14 de setembro de 1994
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Acordo evita a fuga de cubanos no primeiro dia

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Entrou em vigor ontem o acordo entre Cuba e EUA pelo qual o governo cubano impede a saída ilegal de emigrantes e o americano se compromete a aceitar por ano 20 mil cubanos que queiram deixar seu país legalmente.
A Guarda Costeira, pela primeira vez desde o início de agosto, não interceptou ontem nenhum cubano no estreito da Flórida, que liga os dois países.
A ausência de refugiados se explica em parte pelos efeitos da tempestade tropical Debby, que tem impedido a navegação de balsas na região do mar do Caribe.
Mais de 36 mil cubanos foram interceptados pela Guarda Costeira desde agosto, quando o governo de Fidel Castro liberou a saída do país dos que desejassem partir e o de Bill Clinton decidiu alterar uma política de 28 anos e proibir a entrada dos refugidos nos EUA.
Clinton disse que não podia permitir que a política de imigração de seu país fosse orientada por Cuba. Fidel afirmou que a fonte dos problemas econômicos de seu país é o embargo de 30 anos dos EUA.
Fidel sugeriu que os países negociassem o fim do embargo como maneira de acabar com a imigração ilegal. Clinton recusou.
O acordo que entrou em vigor ontem foi obtido por negociações entre funcionários de terceiro escalão, que se encontram a cada seis meses desde 87 para discutir problemas de migração.(CELS)

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