São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994
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Importados devem inundar lojas no Natal

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Até o final do ano vai crescer rapidamente a oferta de importados. Animados com o aumento da demanda e com a decisão do governo de reduzir alíquotas de importação, lojistas preparam um festival de produtos estrangeiros.
Para o Natal, o comércio terá várias opções de eletrodomésticos argentinos e norte-americanos, eletrônicos japoneses e coreanos, utilidades domésticas tailandesas e francesas e brinquedos chineses.
A rede de Lojas Americanas, por exemplo, se programa para, até o final do ano, ter 2.000 itens de mercadorias importadas à disposição dos clientes.
A estratégia da empresa é comprar lá fora produtos mais baratos que os similares nacionais e complementar linhas produzidas aqui.
"Se a alíquota de importação cair vai dar para trazer muito mais do exterior", diz Frederico Luz, diretor de compras.
Este ano, a venda de mercadorias estrangeiras devem representar, no mínimo, 5% da receita. Em 93 alcançou 3%.
Na rede do Mappin, entre 5% e 10% dos 80 mil itens comercializados são importados. A estratégia da empresa também é a de comprar cada vez mais no exterior.
Com a abertura do mercado, em 1990, a Casa Centro decidiu trazer eletrodomésticos da General Electric, dos Estados Unidos, para vender nas suas lojas e distribuir para outras redes.
Gostou da experiência. Agora, a empresa comercializa eletroeletrônicos das japonesas JVC e Pionner e das coreanas Goldstar e Samsung. Outras marcas chegam nas suas 22 lojas até o final do ano.
"Procuramos importar o que não tem similar no país. Também comprar lá fora o que o fabricante local não consegue nos vender", afirma Heraldo Infante, diretor.
A venda de importados deve participar neste ano com 5% a 7% da receita das lojas Casa Centro. Em 93 representou 4%.
Marcelo Ubriaco, gerente de importação, lembra que a mercadoria vinda da Ásia leva de 65 dias a 70 dias para chegar no país a partir da data da compra. Dos EUA, o ciclo varia de 35 dias a 40 dias.
"Testamos o mercado com venda de importados há alguns anos. Agora vamos voltar a ter produto de fora nas lojas", afirma Girsz Aronson, proprietário.
A G. Aronson deve fechar por estes dias a importação de lavadoras de roupas da Argentina (marca Aurora) e de portáteis chineses. As lavadoras chegam em outubro. Os portáteis, no final de novembro.
Aronson conta que no último sábado suas lojas faturaram US$ 1 milhão. Normalmente, num sábado, a receita soma US$ 400 mil.
A rede de lojas Ponto Frio é outra que está animada com a possibilidade de ter mais ofertas de importados –hoje só tem bicicletas.

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