São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994
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Dúvida surgiu em inquérito

DA REPORTAGEM LOCAL

As declarações do obstetra Spencer Sydow Sobrinho, que acabaram levantando a hipótese da troca de bebês, foram dadas durante um inquérito aberto por José Correa Aguieiras para apurar falha médica na morte de Rogério.
O bebê ficou internado por 12 dias com icterícia (corpo amarelado). Depois, foi transferido para o Hospital Matarazzo para fazer uma cirurgia no abdômen.
Rogério teve infecção generalizada e enterocolite necrotizante (destruição de parte do aparelho digestivo) e morreu um dia depois da cirurgia.
A conclusão do inquérito não apontou falha médica, mas Aguieiras abriu outro inquérito para apurar a troca de bebês.
Foram levantadas no hospital duas possibilidades para a troca: Maria do Socorro Bezerra deu à luz um bebê com anomalia um dia antes de Geralda. Outra mulher chamada Geralda Cunha Gomes deu à luz no mesmo dia e ficou na cama ao lado de Geralda Cunha Aguieiras.
Uma semana depois, os documentos com endereços destas mulheres sumiram do hospital.
Léo Vilarinho, dono do hospital há 12 anos, disse ontem que apenas trabalhou no local e que não tem conhecimento do caso.
O atual dono do hospital, Antonio Carlos Junior, que, segundo Aguieiras, "escondeu os documentos", não foi encontrado. O hospital está desativado.

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