São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994
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Aristide voltará levando o FMI

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Se Jean-Bertrand Aristide efetivamente voltar ao poder, será um governante bem diferente do presidente de tendência populista que administrou o Haiti por sete meses até setembro de 91.
Retornando após a invasão americana, Aristide leva para o país um plano de reformas apoiado pelo Fundo Monetário Internacional que cortará pela metade os 45 mil empregos públicos existentes hoje.
O objetivo principal é implantar a economia de mercado no Haiti.
Aristide pretende reduzir drasticamente as tarifas e barreiras comerciais. O plano prevê a abertura do mercado haitiano para o capital estrangeiro e o fim do controle governamental sobre preços e taxas de câmbio.
Um dos pontos-chave do plano de reformas de Aristide é a reformulação do Exército. Os atuais 7.000 homens serão reduzidos a 1.500. Prevê-se ainda a profissionalização das Forças Armadas.
As bases ficarão longe da capital, Porto Príncipe. No plano de Aristide, o novo Exército não incorporará nenhum integrante de grupos paramilitares nem soldados regulares que tenham cometido desrespeito aos direitos humanos.
O plano desenha a criação de uma polícia civil dependente das autoridades provinciais e de um sistema judiciário independente.
O programa de Aristide foi publicado pelo "Monitor Multinacional", um informe noticioso editado em Washington.

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