São Paulo, quinta-feira, 15 de setembro de 1994 |
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Ligação SP-Curitiba é o "filé" da Pantanal
EDSON FRANCO
Com quatro aviões, empresa investe em novas rotas A Pantanal Linhas Aéreas começou a operar como empresa aérea regional em abril do ano passado. Suas rotas na época estavam concentradas nos Estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e São Paulo. A empresa começou a voar pelo Sul neste ano e já possui uma rota cobiçada pelas empresas aéreas nacionais. Trata-se do trajeto entre os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Bacacheri, em Curitiba. A tarifa dessa linha custa R$ 96,13 (só ida). Com uma frota de apenas quatro aviões, a empresa consegue incluir nos seus roteiros as cidades de Paranaguá (PR), Florianópolis, Criciúma (SC), Caxias do Sul (RS) e Porto Alegre. As aeronaves da empresa são três Brasília e o avião franco-italiano ATR-42, único desse tipo atualmente em operação no território brasileiro. Segundo o assessor de marketing da empresa, Aurélio Rosas, a Pantanal possui a mais jovem frota entre as regionais. A idade média dos aviões é de 18 meses. Para aumentar sua frota, a empresa já assinou opções de compra de dois jatos EMB-145, o primeiro jato comercial brasileiro. A Pantanal acredita que essas aeronaves estejam voando até o final do ano que vem. Além de aproveitar linhas não exploradas pelas companhias nacionais, a Pantanal vem contratando também profissionais dessas empresas. Alguns dos 35 pilotos que hoje conduzem as aeronaves da Pantanal já pilotaram diversos tipo de aviões Boeing-737. As 19 aeromoças da empresa são, na maioria, recém-formadas nas escolas de aviação. Elas recebem um treinamento de adaptação aos padrões da empresa. Apesar de contar com 35 profissionais em seu setor de manutenção, a Pantanal não pode realizar todos os trabalhos técnicos exigidos por suas aeronaves. O DAC ainda não autorizou a empresa a fazer o chamado "check C" –revisão do avião Brasília após 3.000 horas de vôo. Segundo Rosas, o DAC deve autorizar a realização do "check C" pela própria Pantanal até outubro próximo. As partes quentes dos motores do Brasília também não podem ser revisadas pelos técnicos da Pantanal. Esse trabalho de manutenção é feito pela Varig. Com o problema da manutenção dos aviões Brasília praticamente equacionado, a empresa está tentando agilizar a reposição de peças do seu ATR. Segundo Rosas, em casos graves como a necessidade de uma troca de motor, toda a indústria aeronáutica mundial está preparada para enviar a peça para qualquer lugar do mundo. Esse procedimento geralmente acontece em um prazo de 24 horas. "Mas a Pantanal, assim como outras empresas brasileiras, enfrenta o problema da burocracia, que dificulta a entrada do equipamento no país e sua liberação. O processo pode demorar várias semanas",diz.(EF) Pantanal Linhas Aéreas: Faturamento em 93: US$ 7,5 milhões. Frota: 3 aeronaves Brasília e 1 ATR-42. Idade média: 18 meses. Número de escritórios e representantes: 18. Texto Anterior: Vôos tem 85% de executivos Próximo Texto: Tavaj fica fora da briga pelas rotas centrais Índice |
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