São Paulo, sábado, 17 de setembro de 1994
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Ex-presidente mudou imagem

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Jimmy Carter firmou sua imagem de estadista eficiente depois de deixar a Casa Branca. Nesses 13 anos, ele tem atuado com frequência em crises internacionais no papel de mediador.
Sua mais recente façanha foi em junho. Por iniciativa própria, foi a Seul e Pyongyang e obteve acordo entre as duas Coréias sobre a questão nuclear.
Houve algum desgaste nas suas relações com o presidente Clinton nesse episódio.
A Casa Branca não ajudou a missão de Carter e não levou a sério suas avaliações. Clinton se preparava para um confronto com a Coréia do Norte.
O Haiti já foi beneficiário da atividade pós-presidencial de Carter: ele foi uma das personalidades que fiscalizaram a eleição de 1990.
Jimmy Carter faz 70 anos no próximo dia 1º de outubro. Governou os EUA entre 1977 e 1981. Não conseguiu se reeleger em 1980, quando obteve apenas 41% dos votos populares contra seu adversário, Ronald Reagan.
Na sua administração, a última do Partido Democrata antes de Clinton, a inflação subiu a índices de dois dígitos anuais, as taxas de juro aumentaram, o desemprego cresceu, ele fracassou na tentativa de liberar reféns norte-americanos aprisionados no Irã mas patrocinou o acordo de Camp David, que celebrou a paz entre Israel e Egito.

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