São Paulo, domingo, 18 de setembro de 1994
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O Massivo não é mais aquele

ERIKA PALOMINO

A velocidade dos hypes (ou modismos) está cada vez mais gritante. Até mesmo para quem sai e acompanha de perto os altos e baixos da cultura jovem em São Paulo. Como objeto de observação, neste caso, tome o caso do Clube Massivo, que em novembro deve bater seus três anos de existência.
Houve um tempo em que ninguém tocava esses hits dos anos 70 que fizeram a fama da casa. Assim, em seu primeiro ano de vida, era total a supremacia do Massivo. Nos seis meses iniciais, então, o clima era de clubinho. Todo mundo ia. Por "todo mundo" entenda-se os tops do mundinho club da cidade, num momento em que a própria cultura club se via engatinhando por aqui.
Foram detonados lá novos comportamentos e se estabeleceu uma nova maneira de se vestir para a noite –a extravagância e o bom humor classificados como "montação". Com uma pista mixed, o Massivo propiciou também a gloriosa saída dos gays das restritas boates.
Agora, passe lá numa quinta-feira e confira a diferença –já evidente desde a fila, a mais clássica da cidade– do povo que está lá hoje e o daqueles áureos tempos.
Que não voltam mais. E pronto.

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