São Paulo, segunda-feira, 19 de setembro de 1994 |
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Empresários cedem ônibus a FHC de graça
TALES FARIA
A informação é do prefeito de Palmares, Ivanildo Pereira Alves, que organizou o comício. Ele disse ter conseguido junto a donos de empresas de transportes quatro ônibus. Segundo ele, outros oito prefeitos de cidades vizinhas conseguiram mais 24 ônibus. Segundo Alves, o palanque do comício "foi cedido por um amigo que é Fernando Henrique até a alma e não quis cobrar nada". O secretário-geral do PSDB, Sérgio Motta, disse que FHC não podia ser responsabilizado pela irregularidade porque estava ali como convidado: "Nosso comitê de campanha não teve qualquer participação na organização desse comício. Quando somos nós que organizamos, evitamos de todo modo que isso ocorra", disse. Anteontem à noite, em comício no Recife, FHC procurou se definir como um político de esquerda. Ele chamou Lula, candidato do PT a presidente, e Miguel Arraes, candidato do PSB ao governo de Pernambuco, de "retóricos, cadáveres ambulantes". "De esquerda somos nós", chegou a gritar no palanque quando se referia ao fato de Lula e Arraes também se dizerem esquerdistas. Segundo as pesquisas, se a eleição fosse hoje, Gustavo Krause, aliado de FHC, seria derrotado no primeiro turno por Arraes. O comício visava fortalecer Krause. Com ônibus e tudo, só foram 5 mil pessoas, segundo os organizadores. Mas a parte da platéia mais próxima do palanque estava animada. O apresentador do comício anunciou FHC como "o pai do real". Enquanto algumas pessoas pediam autógrafos, outras levantavam, durante os discursos, moedas e notas do real, em geral de R$ 1,00. Texto Anterior: Tucano sai em defesa de Maciel Próximo Texto: Tucanos podem ser notificados Índice |
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