São Paulo, terça-feira, 20 de setembro de 1994
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Juvenil brilhante se tornou ídolo polêmico

THALES DE MENEZES
DA REPORTAGEM LOCAL

Vitas Gerulaits teve dois problemas em sua carreira: as drogas e o fato de jogar numa época em que a oferta de grandes tenistas era muito grande.
Se jogasse hoje, seu estilo rápido o colocaria como grande rival de Pete Sampras.
Depois de ser um dos maiores juvenis da história dos EUA, só comparável a McEnroe, Gerulaits foi o precursor da precocidade que se vê no tênis atual. Disputou pela primeira vez o US Open em 71, com apenas 17 anos.
Despontou no esporte com o título no Aberto da Austrália em 77, batendo John Lloyd.
Foi o quarto melhor tenista de uma época dominada por Borg, Connors e McEnroe, três lendas do esporte. Chegou a jogar no Brasil em 80, fazendo jogo de exibição contra Borg em São Paulo.
Gerulaits não deu muita sorte em torneios do Grand Slam, vencendo só na Austrália. Outra grande conquista foi o WCT de 80, em Dallas, vencendo John McEnroe.
No Aberto da Itália de 79, derrotou Guillermo Vilas em 5 horas e 12 minutos, a final mais longa da história do circuito.
Irreverente na quadra, sempre com o cabelo loiro comprido, Gerulaits era assediado por tietes. Presença constante em festas nas discotecas da moda, era amigo dos Rolling Stones e de Andy Warhol.
Em 1982, assumiu que consumia maconha e, às vezes, cocaína. A declaração fez com que perdesse contratos de publicidade, mas a derrocada de seu jogo veio em 83, quando acabou envolvido com traficantes de cocaína.
Gerulaits foi um dos representantes da última época de gênios no tênis.

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