São Paulo, domingo, 25 de setembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FHC

Na semana que se caracterizou pela disputa da classe artística entre os principais candidatos, FHC encontrou-se, na segunda, com o cantor e compositor Gilberto Gil e com o empresário Silvio Santos. Atribuiu as acusações contra seu vice, Marco Maciel (PFL-PE) –que teria se beneficiado indiretamente do esquema PC–, a "exploração política". Na terça, no Rio, participou de ato religioso, leu salmos e pediu que Deus abençoe o Brasil. À noite, participou de reunião com artistas na casa da cantora Olívia Byington. Na quarta, em Brasília, comentou o artigo de Lula para a revista espanhola "Cambio 16", afirmando ser um caso de "desespero". Viajou para o Ceará na quinta à tarde. Encontrou-se com o cardeal-arcebispo de Fortaleza, d. Aloísio Lorscheider, e participou de showmício na capital cearense, à noite. Na sexta à noite, depois de um comício em São Luís, no Maranhão, foi recebido pelo senador José Sarney para um jantar.

Lula
Participou, na segunda, de debate com empresários na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Criticou a redução das alíquotas para importação. Na terça, lançou o livro "As 13 Razões para Votar em Lula", na USP. Teve divulgado um artigo seu escrito para a revista espanhola "Cambio 16", em que afirma que o processo eleitoral brasileiro se tornou "ilegítimo". À noite, encontrou-se com artistas na casa da atriz Lucélia Santos, no Rio.

Quércia
Em São Paulo, na segunda, participou do lançamento do programa do candidato peemedebista ao governo do Estado, Barros Munhoz. Na terça, viajou para Santa Catarina com sua vice, Iris de Araújo Rezende. Fez comícios em Lages e Florianópolis. Em Lages, disse ver "descrédito" da população em relação ao Plano Real. Em Belém, na quarta, acompanhado de sua vice, disse que FHC é um "promessão" e voltou a afirmar que espera a queda do tucano nas pesquisas devido ao descontentamento dos trabalhadores com o Real. Na quinta à tarde, viajou para a Bahia, onde fez comício em Camaçari, à noite. Na sexta, esteve em Campinas (SP), onde fez comício. Disse que seu quadro é ruim, mas acredita que ainda pode haver mudanças.

Brizola
Decidiu investir na militância pedetista, com realização de mais atos públicos. Na segunda, participou de encontro com artistas na casa da cantora Beth Carvalho, à noite. Na terça, em Minas Gerais, visitou Viçosa, Teixeiras, Ponte Nova, Ouro Preto e Belo Horizonte. Na quarta, no Rio, deu entrevista ao telejornal "Bom Dia Brasil" (TV Globo) e gravou programa eleitoral. Fez campanha, na quinta, em Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. Em Campo Grande (MS), criticou FHC e o Plano Real, comparando-o a um golpe de Estado feito "com a moeda". Disse ser o único capaz de enfrentar o tucano no segundo turno. "Votar no Lula é entregar a rapadura a Fernando Henrique", disse.

Texto Anterior: FHC mantém vantagem; 30% dos indecisos tendem a votar no tucano
Próximo Texto: SOBE-DESCE
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.