São Paulo, domingo, 25 de setembro de 1994
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Verão carioca ganha dirigível americano

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Um dirigível tem tudo para ser a novidade do verão carioca. Fabricado nos EUA, ele chega em dezembro ao Rio na mãos dos "aventureiros" Amyr Klink e Paul Gaiser.
O aparelho, saindo da Barra da Tijuca (zona sul), fará vôos panorâmicos de 40 a 50 minutos sobre o Rio. Segundo Gaiser, 39, cada vôo levará até quatro passageiros. O preço ainda não está definido.
No fim de novembro, Klink e Gaiser vão para Montreal (Canadá), de onde partirá o dirigível construído pela American Blimp, fábrica situada no estado do Oregon (costa oeste dos EUA).
O aparelho, segundo Gaiser, levará 15 dias para chegar ao Brasil, devendo fazer dez escalas para reabastecimento até chegar ao Rio.
O roteiro da viagem prevê o acompanhamento da costa leste dos EUA até a Flórida, seguindo pelo Caribe e entrando no Brasil na altura de Belém (PA). Gaiser e Klink planejam sobrevoar o litoral brasileiro, mas não descartam um passeio sobre a floresta amazônica.
Gaiser disse à Folha que arrendou o dirigível junto ao fabricante. Segundo ele, o projeto está orçado em US$ 2,6 milhões. Com a construção do hangar e os serviços de infra-estrutura –pessoal, uma carreta, dois microônibus e um helicóptero–, os custos se aproximam dos US$ 5 milhões.
Na semana que vem, Gaiser deve assinar os contratos de patrocínio. Haverá, disse ele, uma superpatrocinador e cinco co-patrocinadores. Gaiser não quis revelar que empresas patrocinadorão o projeto.
Durante o verão, estão planejadas viagens a São Paulo para sobrevoar eventos e realizar passeios.
A partir do outono, o dirigível participará de pesquisas em regiões como Pantanal e Amazônia.
"O dirigível é próprio para estudos de observação porque pode ficar parado no ar o dia inteiro", disse Gaiser, empresário e engenheiro carioca, bicampeão brasileiro de vôo livre (78/79), campeão brasileiro de lanchas off-shore (alta velocidade) e pioneiro no país no uso de ultraleves.
Seu parceiro, Amyr Klink, ficou famoso pela travessia do oceano Atlântico em cem dias num barco sem motor, e pelas pesquisas que fez em 90 e 91, quando se isolou na Antártida em barco construído especialmente para a viagem.

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