São Paulo, domingo, 25 de setembro de 1994
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Programa pode se espalhar por comunidade

DENISE CHRISPIM MARIN
DA REPORTAGEM LOCAL

Em uma pesquisa realizada em 91, a Shell concluiu que era uma empresa tocada por funcionários obesos, sedentários, estressados e mal alimentados.
Em maio de 94, uma pesquisa começou a ser realizada segundo os moldes do Adviser, como parte do programa de qualidade e produtividade da empresa.
"Queremos que os funcionário sejam produtivos não só para a companhia, mas também nas suas outras atividades", diz o médico Marcos Tucherman, 47, gerente de saúde ocupacional. "Isso depende das condições de saúde deles."
A Shell pretende tornar o programa acessível também às empresas associadas, ou seja, chegar aos postos de gasolina.
A Mineração Rio do Norte, em Porto Trombetas (PA), também aderiu a um programa de auto-gestão de saúde que custou US$ 150 mil. Mas não o limitou apenas a seus funcionários.
Cidade criada em torno da exploração da bauxita, Porto Trombetas é uma comunidade basicamente formada pelos 1.040 funcionários da empresa e suas famílias.
"Concluímos que o programa só teria sucesso se fosse estendido às esposas dos empregados e aos professores", afirma Reginaldo Lapa, 39, assessor de segurança, saúde, meio ambiente e qualidade.
A idéia de auto-gestão de saúde, portanto, atinge o total de habitantes da cidade –6.000 pessoas.
No primeiro levantamento realizado no final de 92, verificou-se que a maioria das pessoas não se alimentava adequadamente, sofria de estresse, não fazia exercícios físicos e muitas sequer sabiam que sofriam de hipertensão e diabete.
Nesse ano, uma pesquisa informal já apontou mudanças nos hábitos dos empregados. 24% deles pararam de fumar, 54% diminuíram o consumo de bebidas alcoólicas e 53% passaram a comer mais verduras, frutas e legumes e menos gorduras.
(DCM)

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