São Paulo, domingo, 25 de setembro de 1994
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Equipe Pacific faz piada do próprio fracasso

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DO ENVIADO A ESTORIL

Antes que vire piada na F-1, como aconteceu com a Andrea Moda em 1992, na qual correu o brasileiro Roberto Pupo Moreno, a equipe Pacific se encarrega de rir do próprio fracasso.
Para enfrentar o estigma de pior equipe da categoria, a assessoria de imprensa do time apelou para o bom humor no lugar das desculpas e lamentações.
No treino de anteontem, por exemplo, a equipe divulgou que seu piloto Bertrand Gachot faria "a costumeira dança da chuva de sexta-feira" para que tivesse chance de correr o GP de Portugal. Marcou até hora e local: 18h, ao lado do motorhome do time.
Já o compaheiro de Gachot, Paul Belmondo, precisaria de outra ajuda dos céus. Seu tempo na sexta foi tão ruim que perderia até para carros da F-3.000, que, a grosso modo, é a F-1 há cinco anos.
Em sete voltas, o melhor tempo obtido pelo francês foi de 1min32s706. No mesmo dia e circuito, 24 dos 26 carros da F-3.000 foram mais rápidos. Emmanuele Clerico foi o pole com 1min28s852. O brasileiro Gil de Ferran, na luta pelo título, fez o segundo tempo, 1min28s931.
Até os desconhecidos James Taylor, 23º no grid, e Elton Julian, 24º, foram mais rápidos: 1min32s438 e 1min32s491.
Belmondo teve problemas com o pedal de freio. "Ele era muito longo e acabava pegando no acelerador", afirmou, deixando claro o nível de amadorismo do time.
Este ano, a Pacific classificou seus carros sete vezes em cinco GPs. Nenhum deles, porém, recebeu bandeirada. E em seis oportunidades ganhou a vaga por ausência de carros de outras equipes.
O desempenho já valeu, pelo menos, um contrato "multimilionário" de patrocínio.
(JHM)

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