São Paulo, terça-feira, 27 de setembro de 1994 |
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Beto deixou Tatá desempregado
ARMANDO ANTENORE
"Perto de nós, 30 ou 40 pessoas comemoravam o aniversário de uma grã-fina", conta Luis Gustavo. "Um sujeito chegou de repente e se aproximou da aniversariante. Era simpático e não parava de falar. Vestia-se bem, abraçava todo mundo, chamava a atenção. No fim da noite, saiu com a melhor menina da festa." Tatá virou para o cunhado e comentou: "Você viu aquele cara? É o perfeito bicão." "É mais do que isso", respondeu Gabus Mendes. "É um personagem." Na época, Cassiano dirigia a Tupi. "Vamos fazer uma novela com um tipo assim, malandro, bom papo, mulherengo, mas de bom coração", sugeriu. Luis Gustavo se animou: "E como vamos chamá-lo?" Gabus Mendes propôs misturar um nome bem simples com um sobrenome pomposo: "Que tal Zé Matarazzo ou Zé Moreira Salles?" Gabus Mendes concordou. "Pensamos, então, em Beto Onassis, Beto Rotschild e finalmente Beto Rockfeller", recorda Tatá. Nome e sobrenome pegaram tanto que Luis Gustavo levou muito tempo para se livrar do personagem. "Depois que a novela acabou, fiquei anos sem emprego. Ninguém me chamava para fazer outros trabalhos –nem na televisão nem no teatro. Achavam que a imagem do Beto se confundia comigo, que o público sempre me veria como o bicão, ainda que estivesse interpretando 'Hamlet'." (AA) Texto Anterior: Ator diz que inventou merchandising Próximo Texto: Jornal italiano divulga última obra de Fellini Índice |
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