São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 1994
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Dançarina usa roupa de Daniella Perez em show

MARCELO MIGLIACCIO
DA SUCURSAL DO RIO

Depois de guardar durante um ano e meio roupas e pertences de sua filha –a atriz Daniella Perez, assassinada em dezembro de 92–, a escritora Glória Perez doou parte deles à dançarina Yolanda Reis, 20. "Ela quis homenagear alguém que gosta de dançar como a Dani", conta Yolanda.
Há alguns dias, Glória chamou-a em seu apartamento, no Jardim Botânico, e a levou ao quarto de Daniella. A dançarina saiu de lá com uma mala cheia.
Glória conheceu a família de Yolanda há alguns anos, quando frequentou a Escola de Dança Irmãos Reis. Componente do grupo que se apresenta com a cantora Alcione, Yolanda –ou Pretinha–, dança desde os 8 anos.
No dia 30 de outubro, no Circo Voador, Yolanda vai se apresentar ao lado do dançarino Carlinhos de Jesus numa homenagem a Daniella. Pela primeira vez usará um vestido da atriz.
Livro
Guilherme de Pádua, acusado do assassinato de Daniella, está escrevendo um livro em que aponta sua mulher, Paula Thomaz, como única culpada pelo crime.
Nas 350 páginas do livro, escrito na cela da Polinter, Pádua diz que Paula o obrigou a levá-la ao encontro de Daniella e atacou a atriz com uma tesoura.
O corpo de Daniella foi encontrado num matagal da Barra da Tijuca (zona sul), no dia 28 de dezembro de 92. Ela foi morta com 18 perfurações no tórax e pescoço.
O advogado de Paula, Carlos Machado, diz que sua cliente é inocente. O julgamento do casal deve ocorrer em 95.

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