São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 1994 |
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Governo acompanha de perto
LILIANA LAVORATTI
Vários boletins atualizados da SAE foram encaminhados nos últimos dias aos negociadores nomeados pelo governo –José Milton Dallari e Daniel de Oliveira, os dois assessores do ministro Ciro Gomes (Fazenda). A proximidade das eleições e a importância para o Plano Real em restringir a 13,39% o reajuste dos petroleiros levaram a SAE a realizar um acompanhamento mais minucioso que o de praxe. O governo não quer abrir precedente para o setor privado conceder aumentos salariais acima dos previstos na MP do real. Outra preocupação do Ministério da Fazenda é antecipar todos os passos do movimento para administrar um possível risco de desabastecimento, caso os grevistas decidam prolongar a paralisação. Mostrando-se informado, o ministro Ciro Gomes garantiu ontem que não faltará nenhum tipo de combustivel durante as eleições. Ele disse acreditar que a greve acabará nesta sexta-feira, quando o dissídio dos petroleiros irá a julgamento no Tribunal Superior do Trabalho. Daniel de Oliveira disse que os estoques de gasolina, óleo diesel e gás de cozinha existentes na Petrobrás, distribuidoras e postos revendedores são suficientes para abastecer o país pelo prazo mínimo de 15 dias. A determinação da Justiça do retorno de 30% dos petroleiros à atividade afasta ainda mais o risco de desabastecimento, segundo Oliveira. Os acordos entre os grevistas e Petrobrás, intermediados pelas Procuradorias do Trabalho nas regiões onde funcionam as refinarias foram feitos ontem. Texto Anterior: Petroleiros do Rio desafiam ordem do TST Próximo Texto: Em Minas, produção está totalmente parada Índice |
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