São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 1994 |
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Vendas foram melhores em agosto
FERNANDO PAULINO NETO
Segundo a pesquisa, realizada com 79 empresas de diversos perfis, 75,9% das consultadas tiveram um resultado de vendas melhor em agosto do que no mês anterior. A produtividade das empresas também apresentou resultados positivos. Para 41,8%, ela melhorou e para 54,4%, permaneceu como estava. Segundo o diretor da Boucinhas & Campos, Luís Eduardo Pereira, este aumento de produtividade se deve à ocupação da capacidade ociosa com o mesmo número de funcionários. Outro fator que pode ter influenciado, segundo ele, é uma negociação melhor entre as empresas e seus fornecedores. O único item que teve alteração relevante em comparação a julho no relacionamento com os fornecedores foi a alteração dos prazos de pagamento. 64,6% dos entrevistados consideram que os prazos de pagamento estão melhores. A Boucinhas & Campos, com a pesquisa, tenta chegar a um "índice de clima" das empresas brasileiras, isto é, como elas estão vivendo o momento econômico e prevendo o futuro. Para isso, foi criado um índice de zero a cem, dividido em quatro subíndices (desempenho, relação com fornecedores, relação com clientes e inflação). Em agosto, o índice ficou em 63, contra 52 de julho. A estabilização de preços do Plano Real e o favoritismo de Fernando Henrique Cardoso nas pesquisas eleitorais, segundo Pereira, estão fazendo com que o empresariado preveja maiores investimentos em 95. Também entre os que definiram os investimentos em julho, apenas 53% diziam que iriam investir mais e 11% falavam em investir menos. Mesmo com confiança no plano e na vitória de FHC, os empresários estão prevendo uma inflação relativamente alta para os último trimestre. 57% acreditam que a inflação ficará entre 2% e 5% mensais. Texto Anterior: Varejo teme reajustes e prevê inflação alta Próximo Texto: Empresários esperam reforma do Estado Índice |
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