São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 1994
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Empresários esperam reforma do Estado

DA REPORTAGEM LOCAL

Reforma fiscal ampla, ampliação do programa de privatização, investimentos maciços em educação e em saúde, reforma constitucional, reestruturação administrativa do Estado, privatização da Previdência Social e um Banco Central independente.
Esses são os oito itens considerados de "alta prioridade" pelos empresários para o próximo governo. Os dados são da pesquisa "Expectativas empresariais de ações necessárias no próximo governo", feita pela Price Waterhouse junto às 500 maiores empresas privadas.
Nenhuma das prioridades teve índice inferior a 50%. A reforma fiscal é prioritária para 94,19% dos empresários pesquisados. Um BC independente é fundamental para 51,76% das empresas.
Para os empresários, o próximo governo terá na política e nas finanças seus maiores obstáculos se quiser implantar todas as prioridades. Dos oito itens, seis deles terão na "viabilidade política" seu grande adversário. Para dois itens o problema será financeiro –investimentos em educação e em saúde.
O governo terá o apoio do povo se quiser fazer as mudanças. Segundo a pesquisa, os empresários entendem que todas as reformas serão apoiadas por pelo menos 83% da população.
O ex-ministro da Fazenda Mário Henrique Simonsen, que comentou os dados da pesquisa, disse que "os resultados não surpreendem porque há uma confluência de pensamento sobre os grandes problemas nacionais".
Simonsen entende que o real está indo bem. O maior problema a partir de agora é o controle monetário. Ele não acredita que os preços disparem após as eleições, porque "quem fixa preço são os empresários e não os candidatos".

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