São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 1994
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SAIBA QUEM É QUEM NAS FACÇÕES DO MASP

FACÇÃO SODRÉ
Roberto Costa de Abreu Sodré
Ex-ministro das Relações Exteriores, ex-governador de São Paulo, advogado e presidente do Instituto Brasileiro de Café. Presidente do Conselho (formado pelos 60 sócios do museu), assume quando a diretoria renuncia ou é demitida. Não se diz candidato, mas aceitaria se o indicassem. Na primeira crise do Masp, tentou conciliação com a outra facção, mas se desentendeu em torno dos nomes da chapa. Apoiado pelo prefeito Paulo Maluf (PPR), acha que Mindlin criou "a discórdia" no museu.

Mário Pimenta Camargo
Advogado e colecionador de arte. Vice-diretor do museu, renunciou com o restante da diretoria depois da reação à saída de Fábio Magalhães. Oponente direto de Mindlin, propôs ação para anular a eleição que o elegeu. Apóia Sodré para diretor-presidente efetivo do Masp.

Paulo José da Costa
Advogado e professor de Direito, propôs ao lado de Camargo a ação para anulação da assembléia que elegeu Mindlin.

Hélio Dias de Moura
Advogado. Foi vice-diretor na gestão de Edmundo Monteiro. Depois que este foi afastado em dezembro de 1993, assumiu a diretoria do museu; renunciou quatro meses depois. Hoje está distante do conflito.

FACÇÃO MINDLIN
José Mindlin
Empresário, sócio da Metal Leve, bibliófilo e fundador da Fundação Vitae. Como nome de consenso em toda a comunidade cultural, assumiu a presidência da diretoria do Masp em abril e recolocou Fábio Magalhães no cargo de conservador-chefe. Acha que Sodré não podia ter presidido uma assembléia que ele (Sodré) depois consideraria irregular. Recusa conciliação com ele.

Aldo Raia e Modesto Carvalhosa
Advogados. Principais articuladores da chapa que elegeu Mindlin, foram também responsáveis pela saída de Edmundo Monteiro em dezembro de 1993, homem-forte do Masp desde que Pietro Maria Bardi abandonou o museu.

Fábio Magalhães
Artista plástico e curador. Conservador-chefe nas gestões de Bardi e Monteiro, teve desentendimentos com Moura e Camargo e pediu demissão do cargo, acusando-os de administrar mal o museu e anular a importância do conservador na administração do Masp. Depois que pediu demissão, grupo de mais de 300 personalidades, entre os quais o candidato a presidente pelo PSDB, Fernando Henrique Cardoso, assinou manifesto contra sua saída. Sempre está presente em listas de cotados para cargos públicos na cultura.

Jorge da Cunha Lima
Jornalista e publicitário, foi secretário da Cultura (governo Montoro). Cotado para a secretaria de Cultura de Mário Covas, candidato do PSDB ao governo de São Paulo.

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