São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 1994 |
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Entenda a polêmica no museu
DANIEL PIZA
O conservador-chefe, Fábio Magalhães, se desentendeu com a nova diretoria e, em 25 de março, pediu demissão. Sua saída gerou protestos; grupo de mais de 300 intelectuais, entre os quais o candidato do PSDB à Presidência, Fernando Henrique Cardoso, assinou manifesto contrário a ela. Assembléia foi convocada para discutir a crise em 4 de abril. Pouco antes da assembléia, Moura e equipe renunciaram, dizendo que havia movimento por parte de alguns sócios para que nova eleição de diretoria fosse convocada. Eleição foi marcada para o dia 19 e José Mindlin foi escolhido por 19 votos a 15. Magalhães voltou ao cargo. Em maio, Camargo propôs ação para anular a assembléia que elegeu Mindlin. Apontando três irregularidades, o juiz da 37ª Vara Cível, José Zoega Coelho, deu sentença favorável à anulação em 3 de setembro. Acatou também pedido de liminar (ação preventiva) que queria suspensão imediata dos efeitos da assembléia –ou seja, a deposição de Mindlin e equipe. Contra a liminar, Mindlin pediu mandado de segurança, alegando que o museu sofreria com as trocas de diretoria. O mandado foi concedido. Contra a sentença, Mindlin entrou com recurso que será julgado pelo Tribunal de Justiça. O mandado favorável a Mindlin pode ser estendido até que o recurso seja julgado. Camargo briga na Justiça para que o presidente do conselho (formado pelos 60 sócios), Roberto de Abreu Sodré, assuma a diretoria durante o período. Mindlin e Sodré, em consequência, se polarizaram. Agora, começam a procurar os sócios para apoio. Mas, com o recurso sendo julgado, não se pode convocar eleição de nova diretoria. (DP) Texto Anterior: SAIBA QUEM É QUEM NAS FACÇÕES DO MASP Próximo Texto: Carlos Lyra planeja reconstruir entidade no novo prédio da UNE Índice |
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