São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 1994
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O. J. Simpson rompe silêncio de 3 meses e diz sentir falta dos filhos

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O ator e ex-jogador de futebol O. J. Simpson, 47, fez suas primeiras declarações a jornalistas desde sua prisão há três meses, como suspeito do duplo homicídio de sua ex-mulher e um amigo dela.
Sem que os jornalistas tivessem falado com ele, Simpson dirigiu-se aos três repórteres presentes ao tribunal e explicou por que estava cantarolando a canção "Memory", de Andrew Lloyd Weber.
"Esta canção me pega de jeito porque ela diz 'toque-me' e eu não posso tocar meus filhos", disse.
Sidney, 8, e Justin, 6, filhos do casamento de Simpson com Nicolle Brown, estão sob a guarda dos avós maternos.
A pedido do réu, as crianças não o visitam na prisão. Os filhos do primeiro casamento de Simpson, Arnelle, 25, e Jason, 24, o vêem uma vez por semana. Simpson teve outra filha do primeiro casamento, que morreu.
Simpson é a pessoa mais famosa jamais acusada de homicídio nos EUA. Seu caso tem sido chamado de "o julgamento do milênio" e é o principal assunto dos meios de comunicação de massa do país desde junho.
O juiz do caso, Lance Ito, encerrou ontem a primeira parte do processo de escolha dos 12 membros titulares e 8 reservas do júri.
Ele não disse se pretende solicitar o sequestro dos jurados em um hotel durante a duração do julgamento, prevista para seis meses.
Ito, os promotores e a defesa escolheram um grupo de 300 pessoas que se disseram disponíveis para a tarefa.
Os selecionados receberão US$ 5 por dia e não poderão vender suas histórias para livros, jornais, TV ou cinema.
(CELS)

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